No Paraná, a Associação Paranaense de Supermercados (Apras) informou que a decisão de limitar a quantidade de produtos para venda é feita de maneira individual e baseada na realidade de estoque, logística e abastecimento de cada supermercado.
Segundo a associação, as indústrias produtoras de arroz informaram que não deve faltar arroz, pois 80% da produção já foi colhida. A preocupação é apenas com transporte em razão da localização dos silos que estão em uma região que depende das áreas afetadas para fazer o escoamento da produção. Baseado nisso, a Apras ressaltou que, no momento, não há motivo para o consumidor temer o desabastecimento de arroz.
Desde que a situação das enchentes se gravou no Rio Grande do Sul, foi acionado um alerta para uma possível escassez do produto no Brasil, já que o estado produz sozinho cerca de 70% desse grão, que é tão importante na composição da cesta básica.
Além de ser um alimento extremamente importante, a falta ou uma mera redução na oferta pode levar não apenas à elevação da inflação, mas gerar uma especulação no preço do produto.
O especialista em Negócios Internacionais e coordenador do curso de Comércio Exterior da Universidade Positivo (UP), João Alfredo Lopes Nyegray, explicou que cerca de 85% da produção de arroz já foi colhida pelos gaúchos, mas evitar a falta do alimento, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) autorizou a importação do produto.
Além de ser responsável pela produção nacional de arroz, o Rio Grande do Sul também produz soja, gado de corte e leite. Todos esses produtos podem sofrer elevação nos próximos meses.
João Alfredo Lopes Nyegray falou que a enchente pode afetar não só a economia gaúcha, mas do país, que projetava uma alta de 2,2% no Produto Interno Bruto (BIP).