A prestação de serviços de forma autônoma está impulsionando a procura pelo registro de Microempreendedor Individual (MEIs) no Paraná, com alta de 6% na formalização dos registros em abril de 2024, em comparação com abril de 2023. Ao todo, pouco mais de 1 milhão de paranaenses estão registrados dessa forma, segundo relatório estatístico da Receita Federal.

De acordo com o consultor do Sebrae/PR, Rodrigo Feyerabend, prestação de serviços e comércio de roupas estão entre as principais áreas de atuação com procura para registro do MEI.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) as sete maiores participações nos registros autônomos estão nas atividades: Obras de alvenaria (6,78%), Cabeleireiros, manicure e pedicure (6,13%), Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (5,63%), Promoção de vendas (5,21%) e Serviços domésticos (2,90%).

Dentro deste grupo está o fotógrafo Lucas, que completou 18 anos e resolveu abrir o próprio registro para poder prestar o serviço.

Também segundo o Dieese, o crescimento nos registros MEI também demostram mudança nas relações entre empresa e trabalhador, o que acaba formalizando serviços prestados, porém reduzindo os empregos formais, os direitos e a arrecadação do Estado, principalmente da Previdência Social (INSS).

Para a coordenadora do Programa Curitiba Empreendedora, Leticia Justus, pessoas autônomas também fazem o registro porque muitos locais procuram contratações temporárias.

Ela cita como exemplo as escolas municipais de Curitiba, que contam com fundos para contratar serviços emergenciais e acabam optando pelos Microeemprendedores Individuais.

Por conta da maior oferta de empregos nas principais cidades paranaenses, a distribuição dos MEIs entre os municípios ainda se concentra nos grandes centros urbanos do estado. Em abril de 2024, as cidades com maiores participações eram Curitiba (21%); Londrina (5,1%) e Maringá (4,5%).