A Secretaria de Educação do Estado (Seed) tem posicionamento favorável em relação à aprovação do novo ensino médio, mas teme a implantação apressada. Conforme a Seed, a análise da nova metodologia é positiva, desde a primeira aprovação da reforma, em 2017, já que houve um consenso que Ministério da Educação (MEC), secretários estaduais, entidades e o relator da proposta. No entendimento da secretaria, o esforço conjunto tem o objetivo de atender os interesses de estudantes, professores e também da capacidade técnica de execução do novo ensino médio.

No entanto, o secretário de Educação do Paraná, Roni Miranda, disse que pode ser muito complexo executar as mudanças nesse curto espaço de tempo, entre a aprovação do projeto e o prazo de implementação, previsto para o ano que vem.

O debate em relação à ampliação da carga horária e à formação geral básica foi destacada por Roni Miranda. As opções do novo modelo oferecidas aos alunos, com itinerários distintos, de acordo com a área de interesse do estudante, também foi outro ponto positivo avaliado pelo secretário estadual de Educação.

Na reestruturação aprovada no Congresso Nacional, fica mantida parte das medidas aprovadas anteriormente, na reforma de 2017, com a divisão do ensino médio em dois conjuntos de aprendizagens, sendo uma parte comum a todos os alunos, com a formação geral básica, e outra com os itinerários formativos, com currículos específicos que trazem linhas de aprofundamento a serem escolhidas pelos alunos. A partir do novo texto, haverá mais tempo de aulas para a parte comum das disciplinas.

Durante os três anos de formação, 80% da carga horária deve ficar concentrada na parte básica, com as disciplinas tradicionais, como português, matemática, história, entre outras que estão atreladas à Base Nacional Curricular. Já o restante, 20%, deve ser direcionado aos itinerários formativos, que, a partir de agora, com a aprovação do novo texto, serão divididos em cinco linhas, como linguagem, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e ensino técnico e profissional.

De acordo com a relatoria do projeto, o mais importante em todas as reformas recentes é que a nova metodologia aproxima o Brasil dos currículos adotados em outros países.

Por meio de nota, o Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe/PR) disse que está comprometido em colaborar com as escolas associadas para auxiliar na adaptação às mudanças propostas pela reforma do novo ensino médio.

O Sinepe informou que o projeto de lei atende, em grande parte, as pautas que os representantes das escolas particulares negociaram com a classe política, como a ampliação da carga horária com formação geral básica, possibilidade de trabalhos interdisciplinares, flexibilidade no currículo letivo com garantia de escolha aos estudantes, entre outras mudanças.