Com 322 votos favoráveis e 175 contrários à paralisação, foi tomada a decisão de iniciar uma greve nacional dos professores das universidades e dos institutos federais nesta segunda-feira (15). A assembleia geral realizada, no dia 9 de abril, por docentes das instituições federais de ensino superior (IFES), representados por entidades da base do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), querem melhores condições de trabalho, salários justos e a defesa da educação pública e de qualidade.

Já os servidores técnico-administrativos entraram em greve há mais de um mês, desde o dia 11 de março, nas instituições federais de ensino superior do país.

A atual presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), a reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão, falou sobre uma reunião realizada com o Presidente da República, no dia 11 de abril.

O funcionalismo representado pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), que engloba mais de 80% das categorias, reivindica reposição salarial, em três parcelas de 7,06%, em 2024, 2025 e 2026, para o grupo que abrange os professores das instituições federais de ensino superior. De acordo com a categoria, esses valores seriam suficientes para recuperar as perdas salariais sofridas durante os dois últimos governos federais, até o fim do atual governo.

Os docentes também solicitam um termo de acordo com compromisso do governo federal para negociação das perdas salariais entre julho de 2010 a agosto de 2016; equiparação dos auxílios alimentação, creche, saúde e demais subsídios pagos nos Poderes Legislativo e Judiciário; os docentes também pedem a revogação e a alteração de instruções normativas e decretos que prejudicam os servidores e a atividade sindical no serviço público federal.

Durante a paralisação, além das aulas, as demais atividades costumam ser suspensas, inclusive projetos de extensão, orientações e pesquisas. Contudo, existem situações específicas que, por ter sua importância, não podem ser interrompidas, seja por questões de segurança, saúde ou o risco de prejuízos irreparáveis aos projetos em andamento. Por esse motivo, um comitê de ética será estabelecido no comando local de greve, que será responsável por receber e analisar as solicitações de exceções, principalmente os pedidos feitos pelos coordenadores dos projetos que não podem ser interrompidos.

A CBN Curitiba entrou em contato com as universidades e institutos federais do estado para saber como está a paralisação.

O Instituto Federal do Paraná (IFPR) informou que, na tarde desta segunda-feira, haverá uma reunião com o reitor e em seguida será emitida uma nota da instituição.

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) direcionou para a Andifes, que representa todas as universidades federais do país.

Já a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) não retornou até o fechamento dessa reportagem.