A denúncia contra o professor foi feita pelo Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio da 2ª Promotoria de Justiça da comarca de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. Na ação, constam os crimes de estupro de vulnerável e armazenamento de pornografia infantil. De acordo com as investigações, o professor é suspeito de ter abusado de crianças em uma escola particular do município.

O promotor de Justiça, Eduardo Labruna Daiha, disse que a ação penal foi instaurada para apurar a prática dos crimes contra os estudantes.

O alerta sobre o professor foi feito pelo Departamento Federal de Investigação americano, o FBI, para as autoridades brasileiras, após a descoberta de conteúdos publicados na deepweb ou darkweb, que é uma área da internet que não pode ser detectada facilmente pelos buscadores tradicionais, fica escondida e tem pouca regulamentação, o que garante privacidade e anonimato para quem navega e faz publicações.

Assim que o Ministério Público tomou conhecimento da situação foi feito o pedido de prisão preventiva do educador para que não tivesse mais contato com as vítimas, como ressaltou Eduardo Labruna Daiha.

Segundo o Ministério Público, o acusado atuava como professor auxiliar em uma escola particular de Campo Largo e teria praticado abusos sexuais contra duas crianças que frequentavam a instituição de ensino.

A Justiça já recebeu a denúncia, que começou com uma investigação feita pelo Núcleo de Combate aos Cibercrimes (Nuciber) da Polícia Civil do Paraná, e comprovou que o educador se aproveitava da posição que ocupava para intimidar as crianças e praticar os atos libidinosos no banheiro da escola.

Além de cometer os abusos, o professor também teria filmado e armazenado as cenas no próprio telefone celular. Segundo as investigações, os crimes ocorreram durante mais de um ano, desde novembro de 2022 até janeiro deste ano.

A Promotoria de Justiça pede a condenação do professor por crime que consta no Código Penal, por conjunção carnal ou prática de ato libidinoso com menor de 14 anos, e também por crime que consta no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), por adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente.