As despesas correntes do Paraná cresceram 22,3% nos quatro primeiros meses de 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado, passando de R$18.4 milhões para R$ 22,4 milhões. Ao mesmo tempo, os quatro primeiros meses de 2024 foram marcados pela retomada da receita corrente líquida do estado, foram R$33.1 milhões entre janeiro e abril desse ano, contra R$27.9 milhões do ano passado, uma variação nominal de 18,5%.

Os dados fazem parte do Relatório de Gestão Fiscal do 1º Quadrimestre de 2024, da Secretaria de Estado da Fazenda, apresentado nesta terça-feira (28) durante sessão da Assembleia Legislativa do Paraná. Para o secretário de estado da fazenda, Norberto Ortigara, explicou que crescimento na receita é positivo e destacou que o crescimento de despesas também preocupa.

De acordo com os dados, a maior parte da contribuição para as receitas (R$ 22.7 milhões) veio de Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria. As despesas correntes, que incluem os gastos para a manutenção das atividades governamentais, como salários e operações contínuas, tiveram aumento em algumas áreas. Na Saúde, houve variação real de 51,1% (de R$ 1,5 bilhão para R$ 2,3 bilhões, em termos nominais), principalmente em contratos de gestão e contribuições destinadas aos fundos municipais de saúde.

O secretário disse que o Paraná não vai cortar gastos, mas deve limitar as despesas de custeio para garantir mais investimentos.

O relatório também mostrou que a safra agrícola do estado foi prejudicada por condições climáticas. O setor é um dos mais importantes para a atividade econômica do Paraná, e acabou puxando uma queda de -5,3% no Índice de Atividade Econômica, medida pelo Banco Central. Isso aconteceu porque a produção de soja no estado deve recuar 17,7%, segundo o documento.

Com relação ao crescimento, o setor de Urbanismo registrou ganho real de 524,1% nos investimentos (de R$ 121 milhões para R$ 782 milhões), com ênfase nas despesas voltadas para o transporte rodoviário. Já na função de Transportes, o aumento real foi de 9,9% (R$ 359 milhões para R$ 409 milhões), com aportes em programas de infraestrutura. Na Saúde, o incremento real de 78,8% (R$ 172 milhões para R$ 319 milhões) foi concentrado na gestão da atenção primária à saúde.