Começa na quinta-feira (04) o júri popular do ex-policial penal Jorge Guaranho, acusado de matar o guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), Marcelo Arruda, em 10 de julho de 2022, após uma discussão política, em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. A previsão é de que o julgamento siga até sábado (06). A expectativa é de que ao menos 15 pessoas sejam ouvidas no processo.

Marcelo comemorava 50 anos com uma festa de temática política, de apoio ao PT. Guaranho teria ido ao local da festa, ameaçado Marcelo, houve uma discussão e então ele teria feito disparos de arma de fogo, que atingiram e mataram Marcelo. Câmeras de segurança flagraram toda a ação criminosa. Durante a confusão, Guaranho também foi baleado e passou cerca de dois meses internado em Foz do Iguaçu. Posteriormente, foi levado ao Complexo Médico Penal de Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, onde permanece detido.

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Para Daniel Godoy Junior, advogado que representa a família de Marcelo Arruda, o pedido é para a condenação de Guaranho conforme denúncia do Ministério Público do Paraná, por homicídio doloso duplamente qualificado, por motivo fútil. Ele afirma ainda que o crime tem como pano de fundo a violência política.

O advogado de defesa de Guaranho, Samir Mattar Assad, contesta. Segundo ele, não se trata de crime de ódio e não teve motivação política.

Recentemente, Jorge Guaranho foi demitido do cargo de policial penal por decisão do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, por uso de arma de fogo da repartição em atividade particular, improbidade administrativa e incontinência pública. A decisão é resultado de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado à época do crime, para apurar a atuação do ex-agente da penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná.