Uma paciente acionou a Polícia Militar, na noite desta terça-feira (15), enquanto ainda estava no pronto-socorro do Hospital Nossa Senhora das Graças. Segundo a mulher, um enfermeiro abusou sexualmente dela após um procedimento médico.

De acordo com a Polícia Militar, paciente, enfermeiro e testemunhas, entre elas médico e técnica de enfermagem, que acompanhou o momento em que a paciente acordou da anestesia, foram todos encaminhados para a Delegacia da Mulher.

Segundo a Polícia Civil do Paraná (PCPR), o enfermeiro foi encaminhado pela Polícia Militar à Central de Flagrantes. O delegado ouviu o relato de testemunhas, em seguida o suspeito também prestou depoimento e foi liberado.

A Polícia Civil informou que instaurou inquérito policial para apurar o caso e também disse que já solicitou as imagens internas do hospital para auxiliar nas investigações.

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PACIENTE TERIA SIDO FORÇADA A TOCAR EM ENFERMEIRO

Paciente contou aos policiais que enfermeiro a forçou tocar nas partes íntimas dele após ter sido anestesiada. Imagem: Banco de imagens/Reprodução.

Conforme a Polícia Civil, no momento, não serão concedidas entrevistas sobre o caso.

O caso

O relato da paciente aos policiais foi que ela tinha sido anestesiada e no momento em que estava saindo da anestesia, e recuperando a sensibilidade, foi forçada por um enfermeiro a tocar nas partes íntimas dele.

Segundo relato da vítima, o profissional saiu da sala em que ela estava no pronto-socorro, mas continuou nas dependências da instituição. A mulher também afirmou que o hospital foi comunicado sobre a situação.

O advogado especialista em Direito Penal, Frederico Brusamolin, falou sobre a pena caso haja comprovação do crime.

Frederico Brusamolin explicou o que deve ser feito por vítimas de abuso sexual.

Por meio de nota, o Hospital Nossa Senhora das Graças informou que acompanha as investigações e colabora para que os fatos sejam esclarecidos pelas autoridades o mais breve possível.

O hospital informou que, conforme protocolo, para realização do exame a paciente estava com um acompanhante, que aguardava o término do procedimento do lado de fora da sala. O hospital relatou ainda, que a empresa terceirizada presta serviços há vários anos e o hospital nunca recebeu nenhuma reclamação.

O Nossa Senhora das Graças também ressaltou a importância acerca de julgamento, pois deve haver responsabilidade e cautela, até que o inquérito seja concluído.