A Pesquisa de Opinião do Empresário do Comércio, elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) e pelo Sebrae/PR, aponta que 77% dos empreendedores do estado acreditam que terão aumento ou estabilidade no faturamento no 1º semestre do ano.

Todas as atividades que compõem o setor terciário paranaense estão mais otimistas neste semestre, principalmente o setor de serviços, que passou dos 26,3% registrados no 2º semestre de 2023 para 43,9% em 2024, o que corresponde a um aumento de 66,9% na expectativa de um faturamento maior. Entre os varejistas, 31,9% possuem expectativas favoráveis e entre os empresários do trade turístico, 33,3% estão confiantes.

Regiões

Maringá é a região do estado que concentra a maior parcela de empresários otimistas, com 40,8%, seguida por Curitiba e Região Metropolitana, com 39,5%. Em Londrina as expectativas favoráveis somam 36,7%; em Ponta Grossa correspondem a 34,5%; na região Oeste são 31,7% e no Sudoeste, 30%.

Expectativa por porte

As empresas de médio e grande porte são as mais confiantes neste semestre, com 48,6% de expectativas favoráveis, acompanhadas pelas empresas de pequeno porte (39,3%), pelas microempresas individuais (36,8%) e pelos microempreendedores individuais (31,8%).

Principais dificuldades

Diferente dos semestres anteriores, a ênfase principal neste ano recai sobre a escassez de mão de obra qualificada, mencionada por 34,2% dos empresários. Essa preocupação tem se intensificado ao longo dos últimos períodos: no 1º semestre de 2023, 19,5% dos gestores enfrentavam dificuldades para preencher suas vagas, enquanto no 2º semestre de 2023, esse número aumentou para 26,8%.

Outras preocupações relatadas para este semestre foram a carga tributária (33,2%), instabilidade política (31,8%), clientes descapitalizados (26,9%) e instabilidade econômica (23,7%).

Investimentos

Com o crescimento do otimismo, crescem também as pretensões de investir, intenção manifestada por 42,1% dos entrevistados, superando os registros dos dois semestres de 2023.

Pela primeira vez desde que passou a ser citada na pesquisa em 2021, máquinas e equipamentos figuram como a principal área de investimento, com 38,1% das menções, seguida por investimentos em propaganda/ marketing (35,8%), reforma e modernização das instalações (35%) e capacitação da equipe (24,2%).

Metodologia

Foram entrevistados 617 empresários no período de 15 a 23 de janeiro de 2024, nas regiões de Curitiba e Região Metropolitana, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Oeste e Sudoeste.

*Com informações da Fecomércio.