O estado deve fechar o ano de 2023 com um déficit em torno de R$ 4 bilhões puxado pela queda de 3% em receitas recorrentes nesse ano. Os dados são dos Resultados Fiscais do segundo quadrimestre de 2023 no Paraná, apresentado pela Secretaria da Fazenda durante sessão plenária na Assembleia Legislativa nesta terça (26).

Os dados chamam a atenção para a redução em arrecadações no geral. A arrecadação em impostos, taxas e contribuições de melhoria foi de 5% a menos que no mesmo período do ano passado. Em contrapartida a receita patrimonial teve alta de 10%.

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Ainda com a previsão de déficit, o Secretário da Fazenda, Renê Garcia Junior, disse que o balanço orçamentário do estado teve superávit de R$ 4,1 bilhões. Mesmo assim, a diferença entre o Resultado Primário e as Despesas Empenhadas e não pagas é déficit de R$ 4,5 bilhões.

Ele explicou que o déficit era esperado, já que as principais áreas que crescem no estado não possuem grande arrecadação de impostos. As quedas reais de arrecadação fizeram a receita de ICMS recuar 8%.

O documento também aponta que o Paraná possui uma dívida total de R$ 30 bilhões, sendo R$ 11 bilhões com a União. No primeiro quadrimestre a dívida era de R$ 24 bilhões.

O estado deve fechar o ano de 2023 com um déficit em torno de R$ 4 bilhões puxado pela queda de 3% em receitas recorrentes nesse ano. Foto: Nani Góis/Alep

Ainda assim a expectativa é de crescimento econômico no estado. Influenciado pela produção agrícola, a evolução do PIB no estado é quase do dobro no valor nacional. O estado deve fechar um período de crescimento de 5,2% em 12 meses, contra 2,6% no Brasil. A taxa de desemprego no Paraná está em 4,9%.

Com os valores atuais, a Capacidade de Pagamento (CAPAG) se manteve com nota B para o Paraná.

No Paraná, o setor de serviços mantém trajetória de ascensão apoiada nos serviços de transporte. Na indústria, há uma predominância de variações negativas, que são contrabalanceadas pelos resultados fortes na indústria de alimentos, enquanto o comércio segue estável. O setor é dividido entre a melhora da renda e as taxas de juros, que ainda estão em patamar restritivo, informa o balanço.