O Paraná é o quarto estado na distribuição de negócios de impacto socioambiental no Brasil. O estado corresponde a 5% dos negócios que geram impacto positivo de forma sustentável, empatado com o Rio Grande do Sul. A Região Sul como um todo está na segunda posição no número de negócios, representando 14% do Brasil.

Os dados são do Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental, que produz um panorama das finanças dos negócios mapeados modelos de negócio; tecnologias emergentes; demografia regional; e cases de soluções de impacto socioambiental.

O head de Inovação do Grupo Integrado, pós-doutor em Ciências Sociais, Políticas e do Território pela Universidade de Aveiro (Portugal), Fabrício Pelloso, explica que os impactos socioambientais estão cada vez mais presentes nas empresas e são uma tendência para se fazer negócios.

O levantamento também mostra que mais da metade dos negócios da base de 1.011 estão nas capitais e 35% no interior. Mesmo assim, apesar de manterem um CNPJ no Sudeste, cerca de um terço dos negócios tem alcance nacional: 37% operam no Sul.

Para se aproximar da sustentabilidade geralmente as empresas costumam adotar as pautas ESG, que são princípios de governança com práticas ambientais. Para o professor do mestrado e doutorado em Direito Empresarial e Cidadania do UniCuritiba, Demetrius Nichele Macei, o desafio é adaptar as empresas tradicionais aos novos modelos de negócio que pensam na sustentabilidade.

Os negócios de impacto são empreendimentos que têm a intenção de endereçar um problema socioambiental por meio de sua atividade principal. Esses negócios atuam de acordo com a lógica de mercado, com um modelo de negócio que busca retornos financeiros, e se comprometem a medir o impacto que geram.