72% da população paranaense almoça fora de casa ao menos uma vez por mês e definem o local para comer levando em conta, principalmente, a qualidade da comida e a higiene do ambiente. É o que mostra uma pesquisa do Sebrae PR e Fecomércio PR sobre os hábitos de consumo para refeições no Paraná.

Geralmente as pessoas optam pelo almoço fora de casa pela praticidade ao sair do trabalho. E nas ruas de Curitiba, quem almoça fora também tem suas preferências por alguns tipos de alimento.

Os irmãos advogados Cácio e Alexandre Cachoeira almoçam próximo ao trabalho, na região central da cidade. Cácio conta que almoça com frequência fora de casa.

Em relação a qualidade da comida, Alexandre conta que prefere por comidas caseiras.

A pesquisa também mostra que o horário mais frequente para se alimentar fora de casa é o meio-dia, com 31% afirmando que almoça cinco ou mais vezes por mês fora do lar. O levantamento ainda aponta que 50% das refeições fora de casa são por necessidade como, por exemplo, o trabalho.

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Mas há também quem opte pelo delivery, dessa forma é possível unir a praticidade com o conforto de casa. É o caso da Elizandra Sadelhi, nesta segunda (23) ela fez um lanche na Rua XV por questão de tempo, mas ela e o filho contaram que geralmente pedem comida pelo delivery.

E com o grande movimento do dia a dia no Centro de Curitiba, o que resta para os restaurantes é cativar a clientela com boa comida e preços atrativos.

A pesquisa mostrou que a média de preço das refeições variaram conforme o horário. O destaque vai para o período da noite, com o jantar e o happy hour tendo os maiores valores, sendo R$ 76,00 e R$ 64,40, respectivamente. A média de todas as refeições foi de R$ 51,54.

O chefe de cozinha, João Valdemir, confirma a preferência do público pela comida caseira e conta que um dos grandes cuidados em sua cozinha é evitar o uso de condimentos e temperos artificiais.

Mesmo com a média da pesquisa indicando um valor relativamente elevado para os padrões do dia a dia, muitos restaurantes do Centro ofertam buffet ou o famoso “Prato Feito” em torno dos R$ 20 reais. Para o cozinheiro, o desafio é conciliar o preço atrativo com o encarecimento de vários insumos.

Os dados da pesquisa ainda mostraram que os encontros costumam ser principalmente em família (74%), seguidos por amigos (53%) e por quem almoça sozinho (39%). Para a coordenadora de Turismo, Economia Criativa e Artesanato do Sebrae/PR, Patricia Albanez, essa tendência de socialização aumentou após a pandemia.

Quanto aos itens que auxiliam na escolha do estabelecimento, as principais respostas foram sobre “produtos saudáveis” (8,5), “responsabilidade social” (8,2), “sustentabilidade” (8,1) e “origem local dos insumos” (8,0).