As greves de professores e técnicos administrativos das universidades e institutos federais no Paraná devem seguir, pelo menos, até o dia 3 de junho, quando uma nova rodada de negociações com o Ministério da Gestão está prevista. Nesta segunda (27) representantes do Governo Federal e da Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (PROIFES) se reuniram e assinaram um acordo de reajuste em duas parcelas. A primeira em janeiro de 2025 (9%) e a segunda em maio de 2026 (3,5%) e reestruturação na progressão entre os diferentes níveis da carreira.

No entanto, de acordo com Francisco de Assis Marques, comando da greve local da UFPR no Paraná, a assinatura do termo foi feita de maneira articulada pelo governo, sem ouvir a maioria dos servidores, que seguem sem concordar com a proposta de reajuste de 0% em 2024.

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) deve acionar na Justiça a legitimidade da assinatura do acordo e da representatividade do Proifes.

Ainda segundo o Governo Federal, as demais instituições que não assinaram o acordo terão mais prazo para levarem novamente a proposta para suas bases e poderão assinar o acordo posteriormente.

Francisco aponta que há uma contraproposta produzida pelo Andes, no entanto, ela não chegou a ser entregue ao Ministério da Gestão em razão da assinatura do acordo, de forma “prematura”.

Na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), as atividades administrativas e letivas foram paralisadas. A instituição informou que respeita e valoriza seus docentes que, juntamente com os servidores técnicos-administrativos, optaram por parar.

O Instituto Federal do Paraná (IFPR) informou que tem mantido diálogo constante com a direção do movimento grevista, procurando realizar consultas sobre as atividades consideradas essenciais para a continuidade do funcionamento da instituição de ensino.

A Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), localizada em Foz do Iguaçu, também está com as atividades paralisadas. A instituição informou que tenta garantir as condições mínimas de funcionamento.

Já a Universidade Federal do Paraná (UFPR) está com as atividades paralisadas parcialmente, sem o cancelamento do calendário acadêmico, como explica o representante da greve.