A Companhia de Energia Elétrica do Paraná (Copel) é a maior estatal do estado. Criada em 1954, ela chega aos 68 anos, com capital aberto no mercado de ações desde 1994. A companhia é responsável pelo fornecimento de luz a mais de 3,6 milhões de casas, 78 mil indústrias, 384 mil estabelecimentos comerciais e 356 mil propriedades rurais.

O quadro de funcionários públicos passa de seis mil pessoas. Motivos que levam Paulo Sérgio dos Santos, presidente do Sindicato dos Eletriciários do Paraná (Sindelpar), a ser contra qualquer forma de privatização da companhia. Segundo ele, o projeto enviado pelo governo à Assembleia Legislativa do Paraná não oferece garantia de manutenção do controle acionário por parte do estado. E, tomando como base outras privatizações feitas no setor, os resultados forma demissões e perda da qualidade dos serviços.

A contabilista Andrea da Silva é funcionária pública há oito anos e foi pega de surpresa com o anúncio da possível privatização.

O presidente do Sindicato dos Técnicos Industriais no Estado do Paraná (Sintec), Gerson Faedo, representa os técnicos da Copel e diz que a categoria representa 30% dos trabalhadores que serão afetados.

Os funcionários que conseguiram entrar para acompanhar a sessão fizeram várias intervenções ao longo das discussões do projeto.

A privatização da Copel tem como base estudos feitos pelo Conselho de Controle das Empresas Estaduais e a proposta original prevê que o estado mantenha participação total igual ou superior a 15%, com pelo menos 10% das ações com direito a voto.

Saiba mais aqui sobre o trâmite, na Assembleia Legislativa, do projeto que pretende transformar a Copel em uma companhia de capital disperso e sem acionista controlador. Os debates serão retomados nesta quinta-feira (24).