A Polícia Civil do Paraná, que investiga o incidente sobre o fio de eletricidade que caiu em uma piscina em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, informou que o cabo já havia se rompido há cerca de seis anos. O incidente matou três pessoas e deixou outras nove feridas. A informação foi divulgada pelo delegado Gabriel Fontana, que atua na cidade.

No domingo (4), durante uma confraternização em uma chácara, na zona rural da cidade, o cabo arrebentou após ser atingido por um galho de um pinheiro durante um vendaval. Após cair sobre a piscina, o fio de eletricidade acabou matando mãe e dois filhos. Segundo o delegado, o fio era da Companhia Paranaense de Energia (Copel), e este não foi o primeiro rompimento registrado no local.

Um homem de 25 anos teve ferimentos graves; um rapaz de 27 anos e uma adolescente de 17 anos tiveram ferimentos moderados. Outras seis pessoas tiveram ferimentos leves. O delegado explicou que a residência não apresentava irregularidades, mas que o local tinha atividade cadastrada na prefeitura como empresa de limpeza, o que não corresponderia com a finalidade do empreendimento.

As quatro vítimas encaminhadas para o Hospital Evangélico já tiveram alta. Apenas uma pessoa segue internada em um hospital da região. O delegado que acompanha o caso apontou que a área era bastante conhecida pelas pessoas da cidade e a chácara passou por adaptações para receber as piscinas. Uma delas teria sido erguida embaixo do fio de eletricidade.


SAIBA MAIS:


No momento do incidente, o helicóptero do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) foi acionado para atender a ocorrência, mas não conseguiu pousar por conta do clima. As equipes dos bombeiros também encontraram problemas para chegar ao local exato do incidente, por causa da falta de sinal de telefonia. A chácara era registrada no regime de Microempreendedor Individual (MEI), o que não exigiria fiscalizações.

O inquérito tem prazo de 30 dias para ser concluído. O local já passou por perícia para avaliar a mecânica do incidente e quais as condições da propriedade e, nesta terça-feira (6), serão realizadas as oitivas dos proprietários do local e de pessoas que estavam próximas no momento do caso. A CBN Curitiba tenta retorno da Copel sobre a informação do rompimento anterior do cabo.

A Copel informou, por meio de nota, que o rompimento aconteceu após ventos de mais de 60 quilômetros por hora, durante uma chuva que atingia a região. A empresa reforçou que a chácara, alugada para fins comerciais, é uma propriedade privada sobre a qual a companhia não possui gestão, mas afirmou estar acompanhando o caso para colaborar com a investigação.