As mensalidades das escolas particulares devem aumentar, em média, 9% em 2024. Os dados fazem parte de um levantamento do site Melhor Escola, que realizou um questionário em vários estados brasileiros, incluindo o Paraná. Há instituições que manterão o mesmo valor praticado este ano e há também reajustes que chegam a 35% em relação ao cobrado este ano.

Com a possibilidade de mudanças nos preços, muita gente acaba precisando reavaliar as contas e, até, mesmo cogita mudar os filhos de escola. Mas o economista, Hugo Meza, explica que a prática é comum e leva em consideração os níveis de inflação.

Outro fator foi a pandemia. Segundo o economista muitas escolas perderam alunos nos últimos anos, o que ainda obriga muitas instituições a se adequarem ao aumento nos custos.

SAIBA MAIS:


Escolas não podem cobrar taxa de matrícula sem abater do valor da anuidade

Está aberto o cadastramento para vagas em pré-escola e 1º ano


Segundo o Censo 2020 as instituições privadas de educação infantil, ensino fundamental e médio tinham 440,6 mil alunos matriculados, este volume recuou para 399,8 mil no Censo 2021.

As matrículas registraram aumento no último ano, mas o economista aconselha que os pais negociem os valores com as escolas. Em alguns casos, as escolas oferecem descontos com o adiantamento da confirmação ou pelo número de filhos que estudam no local.

Não existe um limite máximo para o aumento do custo das escolas particulares, de acordo com a Lei Federal 9.870/1999, mas as escolas devem justificar os aumentos aos pais e responsáveis em planilha de custo, mesmo quando essa variação resulte da introdução de aprimoramentos no processo didático-pedagógico.

Segundo orientações do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o fato de não existir um valor máximo para o reajuste da mensalidade não impede de se contestar o aumento. A orientação é para que os consumidores contestem caso considerem os reajustes abusivos.