Crianças e adolescentes são considerados uma parte frágil da sociedade. Os menores de idade precisam do seio familiar para se proteger e é lá que buscam ajuda quando algo não vai bem – ao menos, poderia ser sempre assim. Mas e quando é justamente neste espaço que a violência acontece? São vários os casos registrados em Curitiba.
No ano passado, um bebê de apenas 4 meses foi uma das vítimas fatais de agressão, após dar entrada no Hospital Pequeno Príncipe, com várias fraturas e traumatismo cranioencefálico.
Segundo um levantamento realizado pelo Hospital, referência no atendimento de crianças e adolescentes, em 2021 cerca de 600 crianças vítimas de violência foram atendidas pela instituição – 282 tinham até três anos de idade. Segundo Daniela Prestes, psicóloga do Pequeno Príncipe, são várias as formas de violência.
Os números comprovam um aumento de 11% nos casos em relação aos dados de 2020. 244 vítimas, mais de 50%, foram alvo de violência sexual. A médica pediatra, Maria Cristina da Silveira, conta que este tipo vem acompanhado de condicionantes.
Esse tipo de violência é responsável por transtornos mentais, como depressão, ansiedade e alterações cognitivas, que são desenvolvidos, segundo a psicóloga Daniela Prestes, principalmente após os maus tratos na infância.
Depois da violência sexual, a negligência registra o maior número de casos, segundo o Hospital Pequeno Princípe. Em 2021, foram 150. Em 32 situações, não foi a primeira vez que a criança sofreu esse tipo de violência- por isso, a psicóloga destaca que é preciso estar atento, para ajudar os menores e proteger a vida deles.