Em meio à alta nos casos de Covid-19 em Curitiba em outubro, o Ministério da Saúde Anunciou que a vacina contra o coronavírus vai fazer parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI) a partir do ano que vem. Na última semana, de 18 a 24 de outubro, a média foi de 280 novos casos por dia na capital paranaense, ao mesmo tempo em que a adesão da vacina bivalente está em 28,5%, índice considerado baixo.

Agora, a ideia é que com a entrada do imunizante no Programa, a vacina anticovid fique disponível no calendário vacinal igual acontece com a vacina da gripe, por exemplo.

A recomendação do Ministério da Saúde é para que estados e municípios priorizem crianças de 6 meses a menores de 5 anos e grupos com maior risco de desenvolver formas graves da doença. Ate então, a vacinação da Covid era coordenada por meio de um programa de operacionalização, situação definida na pandemia.

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O presidente do Conselho Regional de Biomedicina do Paraná 6ª Região, Thiago Massuda, explica que isso garante a oferta da vacina anualmente para os grupos de risco, da mesma forma com que acontece com outras vacinas.

Quando há a decisão do Ministério da Saúde em priorizar alguns grupos, as vacinas geralmente são ampliadas para o restante da população após o atendimento prioritário. A médica infectologista da Secretaria Municipal da Saúde, Marion Burger, lembra que os municípios já realizam as campanhas de imunização e que isso não deve mudar.

Em uma iniciativa para melhorar os índices de vacinação no Paraná, foi realizada a uma campanha de multivacinação em outubro. Foram mais de 506 mil doses de vacinas para diversas doenças que foram aplicadas.

A professora do curso de Enfermagem, Camila Pawelski, lembra que a doença vai continuar existindo e por isso, garantir a vacinação anualmente pode manter os índices de casos mais baixos.

Para a especialista em saúde coletiva, Ivana Busato, trata-se de evitar casos de internamento principalmente em grupos de risco.

Durante esse registro novos casos de Covid, a Secretaria Municipal de Saúde pede atenção e cuidados, como evitar lugares fechados com grande concentração de pessoas e uso de máscaras em caso de sintomas respiratórios.

A Secretaria de Estado da Saúde aguarda oficialização do Ministério da Saúde sobre o cronograma para o Programa Nacional do ano que vem.