Inflação é o aumento generalizado e contínuo dos preços. Para calcular a inflação, o método estatístico pega a variação de todos os preços, segundo certa forma de classificação, encontra qual é o nível geral de todos os preços e identifica em que porcentual esse nível geral subiu.

Enquanto alguns preços sobem, outros ficam estáveis e outros mais diminuem. No todo, se o nível geral de preços aumenta, você precisa de mais dinheiro para comprar as mesmas coisas.

Ou seja, seu poder de compra é corroído e você fica mais pobre. Inflação então é a desvalorização do valor da moeda.

Se uma nota de 100 reais compra uma camisa em um momento e um ano depois você precisa de uma nota de 100 e mais uma nota de 50 reais, porque o preço subiu para R$ 150, a inflação foi 50%, cada nota de moeda desvalorizou-se, pois diminui quanto de produto ela pode comprar.

A inflação desorganiza a economia, dificulta fazer orçamentos de gastos futuros, dificulta fazer cálculo de preços, e os ativos que você possui perdem valor.

O raciocínio é simples: se você tem um saldo na conta no banco hoje de R$ 10 mil e os preços sobem 2% amanhã, você vai comprar 2% menos em produtos.

Pois bem, a inflação não morreu, já que suas causas não morreram. Por exemplo, quando o governo gasta mais do que arrecada, ele tem um déficit fiscal. Para cobrir esse déficit, o governo toma dinheiro emprestado, ou seja, faz dívida, ou emite moeda.

Se o governo continuar gastando, ele tem que emitir moeda e aí a inflação aparece. Inflação empobrece quem vive de renda e castiga mais fortemente as camadas de renda mais baixa.

O mundo está num momento difícil. Guerra Rússia x Ucrânia, a China com várias crises: a crise imobiliária, o alto endividamento das famílias e a economia se desacelerando. E isso é ruim para o Brasil, pois a China é um grande cliente do Brasil.

Aqui na economia interna, estamos vendo descontrole nas contas públicas e perdas de safras.
Então, a mensagem é: seja cauteloso na gestão de suas finanças pessoais e nas finanças empresariais, se você for empresário, pois as incertezas aumentaram, o cenário é delicado e ficou difícil prever os próximos meses e próximos anos. Pensei nisso!

Quer escutar a coluna completa desta segunda-feira (08), com José Pio Martins?

José Pio Martins, economista, professor, palestrante e consultor de economia, finanças e investimentos.