A expectativa da chegada da vacina contra a dengue não traz alívio para as autoridades de saúde do Paraná. Tanto o secretário estadual quanto a secretária municipal de Saúde de Curitiba fazem constantemente alertas para que a população fique atenta aos cuidados básicos, para evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti.

O número de doses que será destinado ao Paraná é insuficiente diante do cenário epidemiológico que o estado vive neste momento. Nesta quinta-feira (25), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) enviou um ofício para o Ministério da Saúde com o pedido de doses adicionais do imunizante contra a dengue, já que o primeiro lote vai ser distribuído para 30 municípios das regionais de saúde de Londrina e Foz do Iguaçu.

A secretária de Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella, afirmou que a quantidade de doses é muito pequena e também não contempla a capital do estado nessa primeira remessa.

Beatriz Battistella também falou sobre o atual período da doença, considerado um dos mais críticos que o estado já vivenciou nas últimas décadas.

Segundo boletim epidemiológico da doença, divulgado essa semana pela Secretária de Saúde do Paraná, que fundamenta a preocupação dos secretários, o estado contabiliza três mortes e quase 16,7 mil casos de dengue desde julho de 2023, quando teve início o novo período epidemiológico da doença.

Em uma semana, houve aumento de 30% no número de casos, com mais 3.911 pessoas infectadas pelo mosquito da dengue. Do total de confirmações, 503 casos são considerados severos e aproximadamente 14,8 mil notificações são de casos autóctones, quando a doença é contraída na cidade onde a pessoa infectada mora.


SAIBA MAIS:


A Secretaria de Saúde Curitiba confirmou casos autóctones na região Sul da cidade. Para tentar conter o avanço da doença nos bairros próximos à comunidade de Rio Bonito, no Campo de Santana, mutirões de limpeza foram programados para fazer uma varredura e caminhões de coleta da Secretaria Municipal do Meio Ambiente vão recolher os entulhos no início da próxima semana.

A limpeza também foi outro ponto abordado pela secretária de Saúde de Curitiba, pois os cuidados começam dentro de casa com a limpeza de quintais e a eliminação de possíveis focos do mosquito.

A população também deve ficar atenta aos sintomas da dengue, que são parecidos com o de uma gripe e apresentam febra alta, dor de cabeça, nas articulações e dor atrás dos olhos, que é um sinal característico da doença. É importante frisar que a dengue não apresenta sintomas respiratórios, como coriza, nariz entupido ou tosse.

A doença, em sua forma grave, começa com os mesmos sintomas da dengue clássica, mas com o término da febre surgem os sinais de alerta, que, normalmente, aparecem entre o 3º e 5º dia. Esse período é chamado de crítico para a doença. Porém, a maioria dos casos evolui para a cura.

O paciente deve procurar atendimento médico assim que surgirem os primeiros sintomas.