Desde o início do ano, o Paraná já registrou 965 casos graves de dengue, o que representa quase 13% do total de casos desse tipo registrados em todo o país. Esses dados foram publicados no informe semanal do Centro de Operações de Emergências (COE), criado pelo Ministério da Saúde para reforçar a atuação no combate à doença. O programa é coordenado com participação das administrações estaduais e municipais.

Diante dessa alta acelerada de casos, a vacina chega como um alento, mas está longe de ser uma solução definitiva para controlar o avanço dos casos.

O secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, ressaltou que a quantidade de doses da vacina contra a dengue que chegou ao estado é insuficiente, pois cobre apenas uma pequena parcela da população que deveria receber o imunizante e, por esse motivo, a vigilância deve ser constante.

SAIBA MAIS:

A dengue é uma doença evitável e a ajuda da população é fundamental para combater o avanço dos casos.

A chegada das primeiras doses da vacina Qdenga, que protege contra a dengue, não inválida o trabalho de conscientização e educação da população para que continue com as ações de eliminar possíveis criadouros do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti.

De acordo com a Secretaria de Saúde de Curitiba, mais de 70% dos criadouros do mosquito da dengue estão nos domicílios. Para ajudar os moradores da cidade nessa verificação, a Pasta apresenta uma lista de locais que devem ser inspecionados semanalmente. Um dos exemplos são os recipientes usados para acumular água da chuva, como tonéis, bombonas, caixas d’água ou qualquer reservatório no solo, que possa se tornar também um potencial berçário dos mosquitos. Para evitar a proliferação, a orientação é que esses reservatórios sejam vedados com telas que evitem a passagem da fêmea em busca de local para colocar seus ovos. Todas as aberturas do recipiente devem ser tampadas, já que o mosquito é muito pequeno e pode entrar e sair facilmente por minúsculas aberturas.

Também é importante verificar vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais e restos de materiais de construção. Também é importante lavar frequentemente potes de água dos animais de estimação e verificar os bebedouros de passarinhos.

Por fim, todo lixo deve ser embalado e descartado adequadamente. As lixeiras precisam ficar tampadas e também é necessário lavar a tampa, que pode acumular água.