A Prefeitura de Curitiba quer comprar mais 70 ônibus elétricos para a frota do transporte público para operação em 2024. A ideia é investir na estrutura para atingir a meta de tornar a capital neutra na emissão de carbono até 2050. O projeto de Lei tem encontrado resistência já que o executivo vai comprar os ônibus fora do contrato de concessão do transporte público da capital que existe hoje e vence em 2025.

A pressa, segundo o vereador Dalton Borba (PDT) não se justifica e apresenta problemas jurídicos, uma vez que o texto foi colocado em regime de urgência e não passou por comissões importantes, como a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Outro problema apontado é o aumento dos recursos que devem ser empregados para esta compra, que inicialmente era de cerca de R$200 milhões e agora será de até R$317 milhões. De acordo com o presidente da Urbs, Ogeny Maia, os valores aumentaram por conta da mudança do tipo de ônibus que será adquirido.


SAIBA MAIS:


A proposta prevê que, ao final da atual concessão, em 2025, os ônibus e a estrutura de recarga sejam revertidos ao Fundo de Urbanização de Curitiba (FUC). A Urbs informou ainda que linhas como a do interbairros deverão ter a incorporação dos novos veículos.

O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região (Sindimoc) entrou com uma medida cautelar pedindo que a votação do projeto fosse impedida, mas não houve decisão judicial a tempo. Segundo os representantes do Sindimoc, o valor que a prefeitura quer empregar em ônibus elétricos pode renovar até 50% da frota atual. O texto irá para segunda votação na casa nesta terça-feira (19) e se aprovado seguirá para sanção do prefeito.