A Justiça do Paraná converteu para preventiva a prisão do bombeiro suspeito de furtar itens de um armazém da Defesa Civil, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. O caso aconteceu na quinta-feira (30). Ele segue preso após audiência de custódia.

Ele foi detido durante ação Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, que identificou o homem, que é capitão dos Bombeiros, supostamente furtando energéticos do armazém e levando até uma distribuidora de bebidas, que pertence ao tio dele.

SAIBA MAIS:



O depósito em questão era cedido à Defesa Civil, órgão no qual o militar estava alocado há dois anos. Além de energéticos, foram encontradas roupas, eletrônicos, instrumentos musicais e produtos doados pela Receita Federal.

A força-tarefa chegou até o suspeito após denúncias anônimas. O capitão dos Bombeiros é investigado pela corporação e pode ser demitido do cargo, além de responder por peculato. O advogado de defesa do militar, Jeffrey Chiquini, disse que não concorda com a decisão da Justiça.

A equipe do Ministério Público teria ainda obtido denúncias de que o capitão estaria comercializando os produtos desviados também pela internet. Na distribuidora onde estavam as bebidas, foi determinada a prisão do proprietário do local, que é parente do militar.

O capitão teria ainda acesso a outro galpão, localizado em Curitiba, de onde também teria furtado outros produtos, segundo o Gaeco. O militar do Corpo de Bombeiros deve responder por peculato. O tio dele pode responder por receptação. O advogado diz que o cliente pode responder em liberdade.

Por meio de nota, o governo do Paraná informou que os materiais apreendidos não tinham relação com a campanha de arrecadação de donativos do estado para o Rio Grande do Sul. Segundo o Executivo, as doações estavam concentradas em outro depósito.

O governo estadual disse ainda que foram adotados os procedimentos legais previstos no Código Penal Militar. O capitão pode ser expulso da corporação caso seja identificada a autoria do crime. Por fim, o Executivo afirmou que o caso não representa o serviço prestado pelo Corpo de Bombeiros à sociedade.