Balanço aponta 158 mortes em confrontos com policiais no Paraná; em Curitiba foram 33

Ao todo, foram registradas 158 mortes em confrontos com forças de segurança, em todo o Paraná, somente no primeiro semestre deste ano. Desse total, 33 mortes, que equivale a cerca de 21%, ocorreram em Curitiba. Os dados foram apresentados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que integra o Ministério Público do Paraná (MPPR).

Das 158 mortes envolvendo civis, 156 foram registradas em confrontos com policiais militares e apenas duas com guardas municipais. Não houve mortes em decorrência de confrontos com policiais civis no período analisado.

O coordenador estadual do Gaeco e procurador de Justiça, Leonir Batisti, explicou o motivo da maioria das mortes em confrontos terem sido com policias militares.

Em 50 municípios do Estado, houve registro de mortes em confrontos com policiais. No topo da lista aparece a capital paranaense com 33 casos, em seguida Londrina com 16 mortes, Apucarana registrou oito ocorrências e sete em Foz do Iguaçu. Entre as cidades da Região Metropolitana de Curitiba, aparecem no balanço do Gaeco Piraquara com seis mortes em confrontos e São José dos Pinhais registrou cinco.

Em relação às vítimas, 79 eram pardas, 72 brancas e sete eram negras. Quanto à faixa etária, 87 tinham entre 18 e 29 anos; 56 entre 30 e 59 anos; 12 vítimas eram menos de 18 anos e tinham entre 13 e 17 anos.

O número de mortes registradas em confrontos apresentou queda de quase 38%, no primeiro semestre de 2023, na comparação com o mesmo período do ano passado. Nos primeiros seis meses deste ano, foram 158 mortes contra 254, em 2022.

Leonir Batisti fez uma comparação com as mortes registradas em confrontos na época em que o procurador entrou para o Ministério Público com as que acontecem atualmente.

O controle estatístico de mortes em confrontos policiais feito pelo Gaeco, e apresentado periodicamente, faz parte de estratégia de atuação do Ministério Público do Estado que tem o objetivo de contribuir para a diminuição da violência durante as abordagens policiais.

Policiais treinam abordagem a civis, em Curitiba. Capital lidera índices em mortes por confrontro em abordagens policiais- Foto: PCPR