Moradores do bairro Parolin, em Curitiba, realizaram nesta segunda (5) mais um protesto pela morte de um adolescente de 17 anos. Ele foi baleado em confronto com a Polícia Militar (PM) na última sexta-feira (2). No mesmo dia moradores queimaram pneus no local. Na manifestação mais recente, familiares pediram por justiça, vestindo camisetas brancas com fotos do rapaz.

Durante a ação, que ocorreu na rua Brigadeiro Franco, faixas e cartazes manifestavam a indignação da comunidade com abordagens da PM.

No fim da molização, houve um novo confronto com policiais. Homens encapuzados soltaram fogos de artifício contra a PM e os agentes revidaram com balas de borracha.

Em nota, a Polícia Militar disse que “acompanhou a manifestação ocorrida no bairro Parolin e que a presença policial se fez necessária para garantir a integridade física de manifestantes e pessoas que passavam aos arredores. Os locais que tiveram manifestantes com atitudes violentas foram controlados e não houve nenhum encaminhamento à delegacia e nenhuma pessoa ferida foi reportada”.

A versão da Polícia Militar para o caso é de que a equipe estava realizando uma patrulha de rotina e ao tentar abordar o rapaz, houve o confronto. Os policias disseram que o jovem estava armado no momento da abordagem. Ele foi baleado na barriga, não resistiu ao ferimento e morreu no local.

Segundo o tenente Diogo Ziliato, oficial da Polícia Militar, o adolescente já teria duas passagens por tráfico de drogas.

Por meio de nota, a Defensoria Pública do Paraná (DPE-PR) afirmou que acompanha com preocupação a atuação da Polícia Militar do Paraná e que a equipe do Núcleo da Cidadania e Direitos Humanos (NUCIDH) esteve no bairro.

Já o Núcleo da Política Criminal e da Execução Penal (NUPEP) ressaltou que casos como o ocorrido na última sexta-feira reforçam a importância da implementação de medidas como o uso obrigatório de câmeras corporais e também nas viaturas dos agentes de segurança.