Allana Brittes, que havia sido condenada no caso do assassinato do jogador Daniel Corrêa Freitas, foi solta neste sábado (23). Ela estava no Complexo Penitenciário de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. A soltura foi determinada após a Justiça emitir um habeas corpus com base em um pedido da defesa.

A jovem de 23 anos havia sido condenada, na quarta-feira (20), a 7 anos, 5 meses e 21 dias de prisão em regime fechado, e 9 meses e 10 dias de detenção em regime aberto por fraude processual, corrupção de menores e coação ao curso do processo no caso do crime contra o jogador de futebol, morto em 2018. A advogada da jovem, Caroline Mattar Assad, comemorou a decisão que possibilitará Allana a responder em liberdade.

Um primeiro pedido feito pelos advogados de defesa dela havia sido negado pela Justiça nesta semana. Depois, um segundo pedido foi encaminhado ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), que acatou a solicitação nesta sexta-feira (22). Além dela, o pai e a mãe foram condenados no caso.

Daniel Corrêa Freitas foi encontrado morto na zona rural de São José dos Pinhais em 2018, com marcas de violência. Ele foi assassinado após participar de uma festa de aniversário da filha do empresário Edison Brittes. Allana Brittes completava 18 anos na data do crime.

Na época, Edison confessou ter cometido o assassinato após alegar ter flagrado o jogador tentando abusar sexualmente de sua esposa, Cristiana Rodrigues Brittes. Porém, o inquérito policial descartou ter havido abuso sexual por parte da vítima. O julgamento teve início na segunda-feira (18) e durou três dias.

Edison Brittes segue preso. Ele foi condenado por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, sem possibilitar defesa da vítima e meio cruel, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menores e coação do curso do processo. O advogado da família, Elias Mattar Assad, considerou a pena exagerada.

A mãe de Allana, Cristiana Brittes, foi condenada a seis meses de prisão e um ano de reclusão em regime aberto por fraude processual e corrupção de menores. Os outros quatro réus, David Willian Vollero Silva, Ygor King, Eduardo Ribeiro e Evellyn Brisola Perusso foram absolvidos.

A CBN Curitiba procurou o Ministério Público para saber o posicionamento da promotoria diante da decisão da Justiça, mas não obteve resposta.