O homem de 27 anos que atacou pessoas em um bar de Curitiba, no último sábado (22), matando uma delas e ferindo outras três, segue preso no Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. O inquérito policial deve ser concluído nos próximos dias e o rapaz deve responder por homicídio qualificado e tripla tentativa de homicídio.
Testemunhas que estavam no bar, como funcionários, já foram ouvidas, e a Polícia Civil identificou que não houve qualquer tipo de discussão antes do ataque. Um garçom que estava no local percebeu que haviam facas dentro da mochila que estava com o rapaz e, ao tentar alertar a gerência, o crime aconteceu. Nos próximos dias, pessoas próximas do homem preso serão ouvidas.
Um homem de 49 anos foi morto no local e outras três pessoas, sendo um cliente de 57 anos, que foi encaminhado para o Hospital Evangélico, e duas mulheres, de 43 e 22 anos, levadas para o Hospital do Trabalhador, ficaram feridos. Todos já tiveram alta. Para o especialista em segurança Roberson Luiz Bondaruk, a segurança em estabelecimentos do tipo pode melhorar, mesmo não sendo algo fácil.
SAIBA MAIS
• Acusação aponta falha na segurança em estabelecimento onde homem realizou ataque em Curitiba
• Polícia Civil não descarta hipótese de que crime em bar tenha sido premeditado, aponta delegado
A Polícia Civil do Paraná afirmou que não descarta a hipótese de queo crime tenha sido premeditado pelo autor. O delegado José Vitor Pinhão informou que o homem tinha ido até o estabelecimento há cerca de um ano, mas negou que isso não teria qualquer relação com o crime. O rapaz também negou conhecer as pessoas que atacou.
O assistente de acusação por parte da família do homem de 49 anos morto após ser esfaqueado criticou o que considerou como falta de segurança no local onde houve o crime. Mesmo assim, o especialista disse que mesmo com medidas de prevenção, casos do tipo podem acontecer. Ele apontou ainda que não existe uma legislação específica sobre segurança em bares.
O delegado que cuida do caso disse que o rapaz distribuiu alguns livros antes de realizar o ataque. Uma das publicações tinha conteúdo violento. O homem preso estava hospedado em um hotel depois de ter saído de casa. No depoimento, ele alegou não se lembrar do crime e disse sofrer de depressão e transtorno de personalidade, e que faz tratamento há cerca de um ano. O profissional contou para a CBN que estabelecimentos do tipo podem ter segurança privada, mas que tudo deve ser regulamentado.
A reportagem da CBN Curitiba procurou a advogada responsável pelo bar, mas até o momento, ela não se manifestou sobre o caso. A defesa do estabelecimento apontou que irá emitir um comunicado para toda a imprensa. Nele, será comentada a declaração da acusação sobre a segurança do bar. A defesa do rapaz preso não se manifestou.