Entre 2021 e 2023, 3.531 pessoas morreram em Curitiba vítimas de leucemia, segundo dados do Ministério da Saúde. A doença pode se manifestar em mais de 12 tipos, sendo quatro os mais comuns: leucemia mieloide aguda, leucemia mieloide crônica, leucemia linfocítica aguda e leucemia linfocítica crônica.

Nesta terça-feira (23), vamos falar sobre a leucemia mieloide crônica, um câncer de sangue que atinge principalmente adultos, tem evolução lenta e muitas vezes passa despercebido nos estágios iniciais. O diagnóstico precoce é fundamental para garantir qualidade de vida aos pacientes.


SAIBA MAIS


A leucemia mieloide crônica é um câncer que se desenvolve na medula óssea, nas células responsáveis por originar glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas. Marcada pela presença do chamado cromossomo Philadelphia, é uma doença progressiva que raramente acomete crianças, sendo diagnosticada principalmente em pessoas acima de 50 anos.

Muitos casos são descobertos de forma casual em exames de rotina, já que a enfermidade pode não apresentar sintomas claros nos estágios iniciais. Entre os sinais que exigem atenção estão fadiga, infecções de repetição, anemia, perda de peso sem causa aparente, suor noturno e sangramentos.

Avanço dos medicamentos permite controlar a leucemia mieloide crônica

Embora não exista cura definitiva, o avanço dos medicamentos permite controlar a leucemia mieloide crônica, garantindo qualidade e expectativa de vida aos pacientes. O acompanhamento médico, aliado a exames laboratoriais de rotina, é decisivo para ajustar as terapias e monitorar a resposta ao tratamento.

O médico hematologista Jefferson Ruiz, integrante fundador da Academia Paranaense de Hematologia e especialista em transplante de células-tronco conversou com Felipe Harmata.