A mulher de 31 anos que teve uma das pernas amputadas após o atropelamento que aconteceu na região da Praça Tiradentes, no centro de Curitiba, na tarde da última sexta-feira (6), segue internada no Hospital do Trabalhador. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, o quadro dela é grave e ela está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

O responsável pela Delegacia de Delitos de Trânsito da Polícia Civil do Paraná em Curitiba, Edgar Santana, disse em entrevista coletiva, neste sábado (7), os motivos que levaram à prisão da mulher que atropelou quatro pessoas, matando uma delas. Ele afirmou que foram verificadas negligência e imprudência por parte da condutora de 69 anos.

Durante depoimento, ela alegou ter sofrido mal súbito quando invadiu a contramão com o carro em que dirigia, atingindo os pedestres. Uma das vítimas teve uma perna amputada. Outras duas pessoas que ficaram feridas foram encaminhadas para o Hospital Evangélico, e uma delas, de 16 anos, segue internada com traumatismo craniano. A instituição não divulgou o estado de saúde da vítima a pedido da família.

A mulher pode responder por homicídio culposo contra uma vítima e tentativa de homicídio de outras três pessoas. Ela foi solta após audiência de custódia. O delegado informou que não foi verificada, a princípio, qualquer prova que indique que a motorista tenha passado mal antes de causar o acidente. O etilômetro não indicou uso de bebida alcoólica. Testemunhas que estavam no local da ocorrência foram ouvidas pelos investigadores.

O delegado explicou que, no caso dela, não cabe fiança por parte da Polícia Civil. Porém, o judiciário pode delimitar se considerar necessário. A pena para o crime cometido pela mulher pode ultrapassar os quatro anos de reclusão.

A Polícia Civil tem dez dias para concluir o inquérito, prazo que pode ser estendido até 30 dias, prorrogável pelo mesmo período.