O curitibano Dalton Trevisan, um dos mais importantes e premiados contistas da literatura brasileira, completa 99 anos nesta sexta-feira (14). Conhecido como Vampiro de Curitiba, nome de seu livro mais famoso, ele segue avesso a entrevistas e longe dos holofotes.

Sua obra foi traduzida para diversos idiomas, como o inglês, o espanhol e o italiano, em mais de dez países. Em 2012, Trevisan ganhou o prêmio Camões de literatura e ainda coleciona outros prêmios: quatro prêmios Jabuti, dois prêmios da Biblioteca Nacional, um da APCA Associação Paulista de Críticos de Arte, um Portugal Telecom e um Machado de Assis.

Livro “Macho não ganha flor”. Foto: Divulgação

O cronista Eugênio Vinci de Moraes, doutor em língua e literatura brasileira e professor na Uninter, afirma que Dalton Trevisan é como um mestre carpinteiro da linguagem.

Eugênio de Moraes lembra que os contos de Trevisan são inspirados em situações do cotidiano de Curitiba. Ele escreve sobre o que ouve e vê. Daí, segundo o especialista, vem a necessidade de Trevisan assegurar sua privacidade.

Dalton Trevisan continua ativo, produtivo. No ano passado, lançou uma antologia pessoal, com oitenta contos selecionados e organizados por ele.

Para felicidade dos leitores de Dalton Trevisan, três de seus livros estão ganhando novas edições neste mês, pela Editora Record: Cemitério de Elefantes, de 1964, Contos Eróticos, de 1984 e Macho Não Ganha Flor, de 2006.