A vacina contra a dengue chegou ao Brasil, mas ainda não está disponível para toda a população. Na rede privada, o imunizante chegou em julho do ano passado e com o aumento do número de casos de dengue, em Curitiba, houve uma corrida em busca da vacina e quase não há mais doses nas clínicas particulares.

Em uma breve pesquisa feita, por telefone, em algumas clínicas de vacinação de Curitiba, ficou constatado que muitos estabelecimentos não têm mais vacinas disponíveis.

Katia Oliveira Silva, enfermeira especialista em humanização da unidade Vacinne Lanac, disse que já não tem mais vacina disponível.

A vacina comercializada na rede privada é a mesma oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Por esse motivo, a farmacêutica fabricante do imunizante, a japonesa Takeda, vai priorizar a entrega da vacina Qdenga para o Plano Nacional de Imunização e só vai garantir o imunizante para a rede particular para quem já tomou a primeira dose, para que as pessoas possam completar o ciclo vacinal com a segunda dose, que só pode ser tomada em um intervalo de três meses.

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A enfermeira explicou quem pode tomar a vacina e detalhou algumas especificações.

No Paraná, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o Ministério da Saúde não confirmou uma data para envio das vacinas da dengue ao estado. Na última sexta-feira (9), durante uma reunião virtual, o governo federal informou que as doses devem chegar em meados de agosto, mas não oficializou a informação.

Por meio de nota, a Sesa informou que o estado está preparado para iniciar a vacinação. A secretaria ressaltou que a principal ferramenta é combater a proliferação do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegyti, e assim evitar novos casos da doença.

Ao todo, 30 municípios paranaenses vão receber o primeiro lote da vacina contra a dengue enviado pelo Ministério da Saúde. O público-alvo determinado é de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações pela doença e soma mais de 86 mil pessoas. Em seguida, serão os idosos, que ainda não têm indicação de vacinação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

As regiões priorizadas são aquelas com mais de 100 mil habitantes e alta transmissão da dengue. De acordo com o último boletim da doença, o Paraná soma 29 mil casos confirmados de dengue.

Essa elevação do número de casos reforça a necessidade de atenção aos sintomas característicos da doença, pois a identificação dos sinais ajuda na elaboração de um diagnóstico precoce.

Febre alta, com duração de dois a sete dias, pode ser um indício da doença se estiver associada a outros sintomas, como náuseas ou vômitos, manchas vermelhas no corpo, dor no corpo e articulações, dor de cabeça ou dor atrás dos olhos, mal-estar e falta de apetite.

No entanto, esses sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças. Por esse motivo, é fundamental procurar atendimento médico.

Quando os sintomas são leves, os curitibanos podem ligar para a Central Saúde Já pelo telefone 3350-9000. Se necessário, poderá ser feita consulta médica por vídeo, via aplicativo Saúde Já Curitiba. No caso de situações mais complexas, a recomendação é procurar atendimento presencial na unidade de referência ou nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).