As investigações começaram depois que a Polícia Civil teve acesso a algumas publicações feitas por integrantes do grupo na internet. Segundo a corporação, durante o cumprimento dos mandados, os investigadores apreenderam celulares dos suspeitos. Além disso, também foram cumpridos mandados de monitoração eletrônica.

Os aparelhos apreendidos foram encaminhados para a Polícia Científica para que seja feita uma perícia técnica.

Segundo o delegado que comanda as investigações, Rodrigo Souza, um dos integrantes do grupo usava um programa para camuflar o IP dos computadores, com o objetivo de dificultar o rastreamento de acesso das ações do grupo. O IP é um endereço exclusivo que identifica um dispositivo na Internet ou em uma rede local.

Conforme a Polícia Civil, por meio do aplicativo os integrantes do grupo disseminavam discursos de ódio na deep web ou dark web, que é uma área da internet na qual não existe regulamentação e é utilizada para propagar discursos de ódio e conteúdo nazista, além de todo tipo de preconceito.

A Polícia Civil informou que as investigações vão prosseguir para identificar outras conexões entre os estudantes investigados e outros grupos que usam a deep web, essa parte da internet que não pode ser detectada facilmente pelos tradicionais métodos de busca, o que garante privacidade e anonimato para quem navega nessa área.