A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), nos Campos Gerais, confirmou que vai exigir o comprovante de vacinação contra a Covid-19, tanto para os estudantes retornarem às aulas presenciais, quanto para toda a comunidade universitária. O retorno das atividades presenciais está marcado para o dia 7 de fevereiro.

A Universidade Estadual de Maringá também vai solicitar o comprovante de vacinação para alunos e servidores. A UEM destacou que a vacinação não é obrigatória, mas a pessoa poderá estar sujeita a consequências, como faltas, caso não compareça às suas atividades. E reiterou que somente as pessoas que não puderem se vacinar por impossibilidade clínica poderão frequentar os Campi, mas também poderão optar por fazer plano de atividades domiciliares enquanto não forem imunizados. As aulas presenciais da UEM retornam dia 17 dese mês.

Na semana passada o ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, suspendeu o despacho do Ministério da Educação que estabelecia que as instituições federais de ensino não poderiam exigir o comprovante de vacinação como condição para assistir às aulas presenciais.

Lewandowski alegou na decisão que o MEC contraria evidências científicas e análises estratégicas em saúde ao desestimular a vacinação. A decisão do ministro foi na última sexta-feira.

A Universidade Federal do Paraná emitiu uma nota se posicionando em defesa da vida, da vacinação e da autonomia universitária. A manifestação da Universidade Federal aconteceu antes da decisão do Supremo e foi uma resposta ao despacho do Ministro da Educação, Milton Ribeiro, que proibia as instituições federais de ensino a exigir comprovante de vacinação contra a Covid-19 como um condicionante ao retorno das atividades presenciais.

Em nota, a Universidade Federal do Paraná disse no início desta semana que o retorno das aulas presenciais está previsto para o dia 31 de janeiro e que a instituição está avaliando a exigência do passaporte vacinal e que a decisão só pode ser tomada, de forma democrática, pelo Conselho Universitário.

Outra instituição federal que ainda não decidiu sobre a adoção do passaporte da vacina é a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

Em nota, a UTFPR informou que a exigência de comprovante de vacinação para acesso às dependências da instituição será analisada e discutida pelo Conselho Universitário, junto às diretorias-gerais de seus treze campi, distribuídos em diferentes regiões do estado do Paraná. A Universidade Tecnológica Federal ressaltou que existe a necessidade de consulta às diversas categorias que compõem a comunidade acadêmica da UTFPR, já que a instituição segue a prática da gestão democrática e participativa.

Entre as universidades particulares, a UniCuritiba informou que mantém um comitê para avaliar a situação relativa à Covid-19 e, a partir da próxima semana, após o término do recesso de fim de ano, deve definir as exigências que serão feitas no início deste ano letivo.