Neste fim de semana, foram registrados pelo menos um bloqueio de pista por dia na região metropolitana de Curitiba. No sábado (27), um engavetamento envolvendo um caminhão e três veículos deixou parte da faixa da esquerda da BR-277 bloqueada na região de São Luiz do Purunã. Já no domingo, um tombamento de um caminhão-tanque provocou a interdição total da BR-376, em Ponta Grossa, durante uma hora.
De acordo com o superintendente da Polícia Rodoviária do Paraná (PRF), Fernando Oliveira, o bloqueio parcial ou total de uma faixa pode provocar, em uma hora, mais de uma dezena de quilômetros de congestionamento.
No Paraná, a ausência de contratos de concessão das rodovias em partes das BRs 277 e 376 é apontada como um agravante para a solução de problemas envolvendo os sinistros nas pistas. Conforme o levantamento divulgado pela PRF, em 2023 foram registrados 6.827 acidentes em rodovias federais, sendo que caminhões estiveram envolvidos em 2.097 deles.
As dificuldades, segundo Oliveira, envolvem a retirada da carga e dos veículos das pistas, o que é feito atualmente pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), que possui um efetivo menor do que as empresas concessionárias costumavam disponibilizar durante os contratos de concessão. Além disso, a falta de sinalização no final das filas provocadas pelos acidentes pode ter contribuído para o aumento de sinistros nas rodovias paranaenses.
A assinatura do contrato para os Lotes 1 e 2 do “novo pedágio” no Paraná está marcada para a próxima terça-feira (30). Com isso, as concessionárias devem começar a atuar nas rodovias da região do litoral paranaense e parte do interior. A cobrança de pedágio deve ter início um mês após a assinatura.
Enquanto isso, as rodovias seguem sendo administradas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER). O porta-voz da PRF destaca que os motoristas devem sempre conferir as condições das estradas antes de viajar.
Os seguintes números podem ser acionados em caso de necessidade: DER (0800-400-0404), DNIT (0800 611 535) e Polícia Rodoviária Federal (191).