Em entrevista à CBN Curitiba, a capitã do Corpo de Bombeiros, Luisiana Guimarães explicou que a idosa de 63 anos, atingida pela explosão de um botijão de gás na tarde de quarta-feira (13), em Curitiba, relatou aos bombeiros, durante o atendimento, que ao tentar fazer a troca do botijão ligado ao aquecedor do chuveiro houve o incidente.

A mulher que teve 45% do corpo queimado estava com uma filha com deficiência, que não se feriu. A capitã detalha que a situação encontrada na ocorrência teria tido início na lavanderia, onde fica o sistema de aquecimento a gás.

Imagens obtidas com exclusividade pela CBN Curitiba mostram o momento da explosão. Uma criança chega a passar próximo do apartamento, que fica no térreo, segundos antes da situação ocorrer. No vídeo, é possível visualizar as janelas quebrando, objetos sendo arremessados para fora do imóvel e pessoas desesperadas.

A explosão foi registrada no bairro Campo Comprido, em um condomínio onde moram aproximadamente 500 pessoas. Marcia Kelly é moradora do bloco atingido. Ela conta que por questão de uma fração de minuto não foi atingida em cheio no primeiro andar.


SAIBA MAIS:

Mulher é socorrida em estado grave após explosão de botijão de gás

Imagens exclusivas mostram momento em que botijão explode em apartamento em Curitiba


O bloco inteiro com 24 apartamentos foi interditado pela Coordenadoria de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi), órgão da prefeitura de Curitiba, por haver riscos aos cerca de 50 moradores do espaço, como explica o coordenador técnico, Marcelo Solera.

De acordo com a síndica do condomínio, Daniele Merolli, todos os laudos estão dentro da conformidade, mas a situação pode ter sido agravada por se tratar de uma idosa manuseando um botijão de gás.

O bloco inteiro com 24 apartamentos foi interditado pela Coordenadoria de Segurança de Edificações e Imóveis. Foto: CBN Curitiba

A advogada do condomínio, Juliana Silveiro, também frisou que os profissionais responsáveis pela vistoria e elaboração de laudo para a liberação do bloco já foram contratados, mas que não há previsão de quando tudo será liberado.

A orientação, segundo Marcelo Solera, para evitar esse tipo de situação é realizar vistorias constantes nos condomínios e que os moradores verifiquem a validade dos instrumentos como mangueiras e válvulas.

O Corpo de Bombeiros não possui um levantamento específico sobre a quantidade de atendimentos relacionados a explosões envolvendo botijões de gás em Curitiba, mas neste ano, só em agosto e junho, duas situações aconteceram na capital, uma no bairro Juvevê e outra no bairro Cajuru, deixando pessoas feridas, mas sem registro de mortes.