Durante o primeiro turno das eleições, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) recebeu mais de 740 mensagens pelo sistema de alerta de desinformação contra as eleições, Gralha Confere, que analisa a veracidade do que circula pela rede e que gera dúvida em muitos eleitores.

O secretário de Comunicação do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, Marden Machado, explicou sobre a criação e o funcionamento da ferramenta.

Marden Machado também orientou como as pessoas podem entrar em contato para tirar dúvidas, diante de tantas notícias que são difundidas nas redes sociais e aplicativos de mensagens.

O Tribunal Regional Eleitoral informou que entre as notícias desmentidas está a que se refere à falta de comprovante de votação. Segundo o que foi publicado, por esse motivo, o voto não teria sido computado na urna eletrônica.

Contudo, o TRE informou que a mensagem é falsa. Outro esclarecimento feito pela Justiça Eleitoral é sobre a assinatura no caderno que fica na mesa receptora com os nomes dos eleitores de cada seção.

A assinatura só é necessária quando não houver biometria cadastrada ou biometria não reconhecida. Com a biometria verificada, não há a necessidade de assinar o caderno. O Tribunal Regional Eleitoral destacou que mesmo não assinando o caderno, o voto é computado normalmente, já que não é o comprovante que garante que o eleitor votou, e sim o software da urna. O comprovante é apenas um recibo para o eleitor e não para a Justiça Eleitoral.

Mais uma notícia falsa difundida é sobre vídeos que circulam na internet e mostram eleitores com cópias de Boletim de Urna (BU), em municípios paranaenses. Nas imagens publicadas as pessoas alegam, de forma enganosa, que os votos de algumas seções eleitorais não teriam sido computados, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, essas informações são falsas.

O Boletim de Urna (BU) é um dos principais instrumentos de transparência das eleições, que fica à disposição de todas as pessoas. O documento é impresso ao final da votação pelos mesários de cada seção eleitoral. O boletim de urna contém a quantidade de votos registrados na urna para cada candidato e partido.

Ao todo, a urna imprime cinco vias obrigatórias do Boletim de Urna, sendo possível imprimir outras cinco cópias adicionais. Nesse contexto, é grande o número de pessoas que podem obter uma via do documento.

Segundo o TRE, assim que termina a eleição, uma das vias impressas é imediatamente colocada no local de votação. O boletim fica visível para todas as pessoas para que o resultado da urna se torne público. Duas outras vias são enviadas à Justiça Eleitoral e ficam disponíveis para conferência por qualquer pessoa na sede de todos os cartórios eleitorais. As outras cópias são entregues aos fiscais dos partidos políticos, à imprensa e também ao Ministério Público.

Em 2022, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) orientou que os presidentes de mesa e mesários levassem uma cópia do Boletim de Urna para conferência com a imagem do mesmo boletim colocada na internet.

Conforme o Tribunal Regional Eleitoral, é importante destacar que a contagem dos votos não acontece a partir das vias impressas, mas sim com base na leitura das mídias de resultado. A coincidência entre os votos constantes no boletim de urna e os votos contabilizados pode ser feita a partir do QR code nele contido.

O tribunal Regional Eleitoral do Paraná pede que as pessoas não compartilhem boatos e consultem os canais oficiais de informação.

Para conferir notícias recebidas basta enviar as notícias suspeitas sobre as eleições para o Gralha Confere, canal de combate à desinformação, pelo WhatsApp (41) 3330-8500 ou no site www.gralhaconfere.tre-pr.jus.br

Podem ser acrescentadas imagens, vídeos, links ou outros conteúdos relacionados ao boato. Lembrando que o Gralha Confere não apura informações sobre candidatos, partidos, coligações ou federações.

Há também um canal da Justiça eleitoral, chamado Fato ou Boato que faz a conferência de notícias falsas www.justicaeleitoral.jus.br