O trabalho remoto ou híbrido está entre os benefícios mais valorizados atualmente pelos trabalhadores de diferentes setores. Essa modalidade supera até mesmo a oferta de plano de saúde de alto nível e possibilidade de compras de ações da empresa, apesar de ainda serem apontados como atrativos no mercado de trabalho.
Os dados apareceram em um levantamento feito por uma empresa de Recursos Humanos de Curitiba.
Foram entrevistados 231 profissionais, das áreas de tecnologia, inovação, administração, finanças e desenvolvimento. O resultado mostrou que o trabalho remoto e híbrido ocupa o topo do pódio, com 51,2% das menções. Na sequência aparecem plano de saúde e odontológico de alto nível (quase 25%), além de stock options (possibilidade de compra de ações da empresa) e participação nos lucros (19,5%). Também foram citados auxílio-educação (cursos, pós-graduação, idiomas) e cartão de benefícios flexível (alimentação, cultura, mobilidade etc.), ambos com 2,5%.
Qualidade de vida
Em entrevista à CBN Curitiba, Christina Curcio, especialista em RH e CEO da RH ROOM – empresa que realizou o levantamento -, destacou que a qualidade de vida e o tempo para a vida pessoal estão por trás dessa realidade do mercado de trabalho. Ela ainda explicou como o trabalho remoto e híbrido devem ser aplicados, para benefícios tanto ao trabalhador quanto para a empresa.
Confira na íntegra:
Para Janaina Lima, COO da RH ROOM, o ranking evidencia uma virada de chave cultural: “Vimos que a flexibilidade e qualidade de vida se consolida como o benefício nº 1 para os profissionais, seguida por planos de saúde completos e por stock options e PLR, que representam a conexão entre esforço e recompensa. Já os benefícios educacionais sinalizam a busca por atualização contínua em um mercado dinâmico, e o cartão de benefícios flexível simboliza a tendência de personalização”, resume.
Tendências globais que reforçam o cenário
O levantamento da RH ROOM converge com diversas pesquisas internacionais que apontam para o mesmo movimento. Relatórios recentes da Deloitte e da PwC mostram que mais de 70% dos profissionais em mercados maduros priorizam flexibilidade e bem-estar em detrimento de salários maiores. Já a McKinsey destaca que empresas que oferecem stock options e participação nos lucros apresentam até 30% menos turnover, ao conectar colaboradores ao propósito e aos resultados da organização. Outro dado relevante é o crescimento do mercado de benefícios flexíveis, que deve movimentar mais de US$ 2 bilhões na América Latina até 2027.
SAIBA MAIS:
“Tanto as pesquisas nacionais como as internacionais mostram que os profissionais já não enxergam apenas o salário como decisor de carreira. O pacote de benefícios é, cada vez mais, a moeda de valor para atrair e reter talentos. Importante frisar também que, especialmente no pós-pandemia, a segurança física e a saúde mental aparecem como fatores essenciais para a produtividade”, destacam as especialistas.








