Por quatro votos a dois, os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) mantiveram a decisão adotada nesta semana pelo presidente conselheiro Fernando Guimarães sobre a liminar do conselheiro Maurício Requião, que suspendia a desestatização da Copel. O objetivo era tirar o Governo do Paraná da posição de acionista majoritário. A votação foi nesta quarta-feira (08).

Segundo o presidente Fernando Guimarães, uma denúncia apontou possíveis irregularidades no processo ao relator original, o conselheiro Augustinho Zucchi. A Copel foi comunicada e terá um prazo de cinco dias para se manifestar.

Votaram a favor da decisão do presidente os conselheiros Ivan Bonilha, Durval Amaral, Ivens Linhares e Augustinho Zucchi. Votaram contra os conselheiros Mauricio Requião e Fabio Camargo.

Nesta sexta-feira (11) deve ser finalizado o processo de venda de ações da Copel e a desestatização concluída. Fabiano Abranches Silva Dalto, professor do Departamento de Economia da UFPR, lembra que o governo do estado seguirá com 15% das ações da companhia, mas grupos privados serão acionistas majoritários. O especialista analisa que as contas de energia dos paranaenses não devem ter alteração em um primeiro momento.