A Comissão Especial do Transporte da Câmara de Curitiba, que discute o novo contrato da cidade e a viabilidade da implementação da tarifa zero, terá sua última reunião nesta semana. A agenda está marcada para esta terça-feira (7), às 8h15. O colegiado temporário foi instalado em abril deste ano e deve apresentar um relatório final com observações sobre a nova licitação que passa a valer a partir de 2026.

O grupo tinha, inicialmente, 120 dias para elaborar um relatório que possa subsidiar a construção da nova licitação. O parecer deveria ser entregue até 15 setembro, mas, uma semana antes do fim do prazo, o plenário do Legislativo aprovou requerimento para estender os trabalhos do colegiado especial por mais 60 dias, ou seja, até 14 de novembro.

O colegiado temporário é formado por oito parlamentares, sendo Herivelto Oliveira (Cidadania), presidente, e Serginho do Posto (União), vice-presidente. A relatoria está com Bruno Pessuti e a vice-relatoria com Dalton Borba (PDT). Também são membros os vereadores Giorgia Prates – Mandata Preta (PT), Jornalista Márcio Barros (PSD), Professor Euler (MDB) e Rodrigo Reis (União).

Vale lembrar que a Prefeitura de Curitiba já anunciou o contrato para o novo modelo de concessão do transporte coletivo de Curitiba. A assinatura foi firmada no fim de novembro, em conjunto com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), e tem valor de R$ 10 milhões e prazo de 36 meses.

A prioridade do novo modelo deve ser a redução de emissão de gases do efeito estufa. A meta é que 33% da frota de ônibus da cidade seja formada por veículos elétricos até 2030 e 100% em 2050.

Atualmente o sistema de transporte de Curitiba também conta com a Rede Integrada, que conecta a Região Metropolitana. São 19 municípios além de Curitiba, com 18 empresas responsáveis pela operação de 206 linhas. O prefeito Rafael Greca confirmou, durante coletiva de imprensa no dia da assinatura, que a integração deve permanecer com a nova reestruturação.

A intenção é que o edital de nova concessão esteja pronto no primeiro semestre de 2025. No edital será definido o novo modelo de negócio do sistema, com regras de atuação, integração, investimentos, remuneração, garantias e prazo da concessão do transporte coletivo.

De acordo com a URBS, 15 milhões de passageiros passam por mês no transporte coletivo da capital, sendo 3,2 milhões da Região Metropolitana. São 22 terminais de integração, 244 linhas urbanas, 62 linhas metropolitanas que integram com o sistema e três linhas mistas (urbanas e metropolitanas). A frota é de 1,1 mil ônibus.