A crise hídrica vivida pelo Paraná nos últimos anos pode fazer com que o Estado tenha uma redução de 3% no volume de colheita da safra de grãos. A informação foi confirmada pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, no relatório mensal, divulgado nesta quarta-feira (22).

Segundo o documento, o Estado poderá colher 22,54 milhões de toneladas na safra de verão.

Conforme o Deral, a soja, o milho e o feijão devem ser os mais afetados, pois, sofreram o impacto da estiagem que afetou as lavouras nos últimos meses e apresentam, respectivamente, reduções de 12%, 13% e 10% na expectativa de produção em relação ao esperado no início do ciclo.

O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, diz que a falta de chuvas, com a crise hídrica, provocou um prejuízo bilionário para os agricultores.

O relatório traz, ainda, a primeira estimativa para a segunda safra de feijão que deve ter um acréscimo de 2% na área plantada comparativamente à safra passada; e para a segunda safra de milho, cuja expectativa sinaliza uma área de 2,56 milhões de hectares.

Conforme o Deral, em relação à soja, as altas temperaturas e a falta de umidade prejudicam as lavouras em grande parte do Estado e foram determinantes para o impacto negativo. Inicialmente, esperava-se um volume superior a 21 milhões de toneladas.

Com a reavaliação dos técnicos, a expectativa passou para 18,4 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 12%.

A região Oeste do Paraná, onde os agricultores costumam plantar mais cedo do que no restante do Estado, é a mais afetada pelas perdas até o momento, com queda de 32% nas estimativas de produção. Outra redução significativa, de 26%, foi registrada no Noroeste.