A secretária Municipal de Saúde, Beatriz Battistella Nadas, prestou contas nesta segunda-feira (25) na Câmara Municipal de Vereadores de Curitiba sobre os gastos e investimentos feitos pela pasta no setor. Os dados são referentes ao segundo quadrimestre do ano, entre maio e agosto de 2023. A audiência pública foi aberta com a apresentação dos valores arrecadados em receita, que neste período chegaram a 946 milhões. Ainda de acordo com o relatório, foram gastos na Saúde R$1 bilhão, o que segundo a secretária pode parecer muito, mas diante do tamanho da cidade e da quantidade de pessoas a serem atendidas eles se tornam insuficientes.

Assim como na prestação de contas anterior, sobre o primeiro quadrimestre, a secretaria apontou que os atendimentos de urgência exercem sobre o SUS de Curitiba uma pressão enorme e são responsáveis pela utilização de mais de 70% dos recursos disponibilizados. E citou como exemplo o atendimento à vítimas do tombamento do ônibus que ocorreu nesta segunda-feira, em Campina Grande do Sul. Os feridos foram encaminhados aos Hospitais Angelina Caron e Cajuru. Batistella reforçou também que apesar das filas de espera registradas nos atendimentos de especialidades, casos da ortopedia, neurologia e até pediatria, o esquema utilizado hoje pela secretaria contempla médicos generalistas na atenção básica, para desafogar as especialidades.

A secretária de Saúde pontua ainda que com estratégias e remanejo de recursos, a pasta já possui recursos para o pagamento do piso da enfermagem, definido pelo Governo Federal no ano passado. Na capital são 38 mil profissionais de saúde e cerca de 8 mil que fazem parte desta área.
No relatório apresentado pela SMS, foram indicados que de maio até agosto deste ano, foram realizados mais de 48 mil procedimentos por dia nas Unidades Básicas de Saúde. Além disso, nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), foram mais de dois milhões de procedimentos e cerca de 824 mil consultas. A audiência foi coordenada pela Comissão de Saúde e Bem-Estar Social.