Há 42 dias parados, os trabalhadores das instituições federais de educação seguem sem aceitar a proposta de acordo feita pelo Ministério da Gestão, que foi apresenrada na última semana. O governo federal propõe um reajuste dividido em duas parcelas: docentes – em média 9% para janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026; Técnicos Administrativos em Educação – em média, 9% em janeiro de 2025 e 5% abril de 2026.

Conforme um balanço divulgado pela Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (Apufpr) até sábado (24), 45 Assembleias de docentes federais haviam rejeitado a última proposta do Governo e duas, que não estão em greve, julgaram a proposta aceitável.

A entidade que representa os professores informou que a proposta atual não contempla um ganho real ao salário dos docentes, a ausência de proposta de recomposição do orçamento das universidades, que caíram de R$15,55 bilhões, em 2014, para R$7,21 bi, em 2024 e também o não reenquadramento dos aposentados na carreira.

Uma nova contraproposta deve ser apresentada ao Governo nesta segunda (27). Apesar disso, o Ministério da Gestão afirma que os reajustes e valores enviados há uma semana são os finais e que não deve haver uma nova rodada de negociações.

A Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes) sinalizou que deve assinar o acordo com o governo, as demais entidades brigam, até judicialmente, para que as negociações continuem.