(Fetranspar), o prejuízo do setor ocasionado pela queda de uma barreira na BR 277, que tem deixado o trânsito em meia pista desde 14 de outubro, chega a cerca de R$35 milhões. A estrutura da rodovia, danificada por conta das fortes chuvas que atingiram a região de Morretes, segue sob avaliação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

Em nota, o órgão afirmou que a liberação da via só deve ocorrer em dezembro. O argumento das autoridades é de que há risco a segurança dos motoristas que utilizam o trecho e que ele só poderá ser liberado após a tomada das devidas providências.

O presidente da Fetranspar, Coronel Sergio Malucelli, afirma que os milhões perdidos estão relacionado a cadeia logística do Paraná, que tem como principal forma de escoamento de cerca de 65% da produção do estado, o transporte terrestre viário.

Por meio de nota, o DNIT informou “que está em processo de contratação de empresa para a execução de obra de contenção de encosta na BR-277/PR, aguardando o envio das cotações de preços das empresas especializadas.

A estimativa é de que a execução das obras e liberação das pistas ocorra em dezembro”. O trecho de cerca de 3 km, está sendo monitorado pelo órgão e o fluxo segue em meia pista, com todos os veículos liberados, incluindo caminhões.

Para Malucelli, o problema da demora na liberação da rodovia está ligado com o fim das concessões dos trechos, que passaram a ser administrados pelo DNIT.

Em um levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgado nesta semana, 62,5% das rodovias do Paraná apresentam algum tipo de problema, sendo considerada regular, ruim ou péssima. 37,5% da malha é considerada ótima ou boa. Já com relação à sinalização, 45,3% da extensão da malha rodoviária do estado é considerada regular, ruim ou péssima. 54,7%, ótima ou boa. 3,9% da extensão está sem faixa central e 11,7% não tem faixas laterais.

Ainda em nota, o DNIT disse que “monitora mensalmente a malha rodoviária sob sua jurisdição e trabalha para garantir o melhor nível de serviço, a partir do orçamento disponível. E mesmo diante de um quadro de severa restrição orçamentária, o Departamento tem atuado para dar continuidade às ações previstas no Plano Nacional de Logística”.

Já o Departamento de Estradas e Rodagens (DER) do Paraná, diz que atua na BR 277 apenas com “operação de tráfego rodoviário: guinchos, inspeção de tráfego, veículo de apoio ao Corpo de Bombeiros e veículo boiadeiro para lidar com animais soltos na pista”. O DER disse que a responsabilidade da manutenção da pista é integralmente do DNIT.