Os números do DataSus, plataforma do governo federal que contabiliza dados relativos à saúde no Brasil, trazem um retrato de quantas pessoas cometeram suicídio no país. O último levantamento, divulgado em julho deste ano, revelou que nos últimos 20 anos os suicídios dobraram de 7 mil para 14 mil, ou seja, mais de um a cada hora.

No Paraná, o tema é lembrado por força de lei, por meio da Semana de Valorização da Vida e de Prevenção da Automutilação e do Suicídio. E é tempo de falar sobre o tema, que não deveria mais ser tabu, segundo o doutor em psicologia clínica e da saúde, Paulo César Porto Martins.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a pandemia agravou estágios de depressão e ansiedade. Paulo César também lembra de outras crises no cenário mundial e de como isso pode afetar as pessoas de maneira particular.

Durante todo mês campanhas de conscientização serão realizadas para marcar o Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio, lembrado neste dia 10. Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria, em parceria com o Conselho Federal de Medicina, organiza o Setembro Amarelo. O lema deste ano é “A vida é a melhor escolha!”.

Pesquisas apontam que a região Sul traz os maiores índices de suicídio no comparativo com o restante do país. Uma questão cultural que pode estar ligada ao clima, segundo Paulo César.

Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa e morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal.

Informações sobre a prevenção e maneiras de ajudar, podem ser encontradas em uma cartilha elaborada por especialistas neste assunto, que pode ser baixada neste link.