Cerca de 80% dos casos da doença de Chagas, transmitida pelo contato com o inseto conhecido como “barbeiro”, são contraídos nas áreas rurais brasileiras, de acordo com informações do Ministério da Saúde. Embora o Paraná não seja um estado com alta incidência da doença, em meio ao aumento de casos de dengue no Paraná, que nos anos anteriores não estava em estado de alerta para a doença, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) chama atenção para os cuidados com a doença de Chagas, que é mais uma enfermidade evitável com cuidados básicos da população.
Uma cartilha informativa, com detalhes sobre a transmissão, os sintomas e também o tratamento da doença foi disponibilizada pela Sesa. Para ter acesso basta clicar neste link: Cartilha informativa Doença de Chagas.
Apesar de estar no grupo das chamadas doenças negligenciadas, a doença apresenta duas fases distintas: aguda e crônica. Na fase aguda, embora a maioria dos casos (70%) seja assintomática, a pessoa infectada pode apresentar febre prolongada (mais de sete dias), dor de cabeça, fraqueza intensa, inchaço no rosto e pernas. Já em fases mais avançadas, pode comprometer o coração, esôfago ou intestino.
De acordo com o Ministério da Saúde, a Doença de Chagas atinge pelo menos 1 milhão de pessoas no Brasil e resulta em mais de 4 mil mortes a cada ano. Estima-se que cerca de 70 milhões de pessoas vivem em áreas de exposição e correm o risco de contrair a doença.
O tratamento da Doença de Chagas deve ser indicado e acompanhado por um médico, após a confirmação do diagnóstico. Os medicamentos são disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Já a prevenção está intimamente relacionada ao modo de transmissão. Uma das formas de controle é evitar que o inseto “barbeiro” forme colônias dentro das residências, por meio da aplicação de inseticidas residuais, feita por equipe técnica habilitada. Em áreas onde os insetos possam entrar nas casas voando pelas aberturas ou frestas, podem-se usar mosquiteiros ou telas metálicas.
A Sesa recomenda ainda o uso de medidas de proteção individual, como repelentes, roupas de mangas longas, durante a realização de atividades noturnas em áreas de mata. Para prevenir a transmissão oral, devem ser intensificadas as ações de vigilância sanitária e inspeção, em todas as etapas da cadeia de produção de alimentos suscetíveis à contaminação.