Os projetos enviados pelo Governo do Estado, que tratam de benefícios e reajuste para os servidores do Paraná, não agradaram à categoria da segurança pública, que protestou em frente à Assembleia Legislativa durante a sessão ordinária na tarde desta segunda-feira (28).

Durante a manifestação os servidores deixaram clara a insatisfação porque não há tempo hábil para debater o pacote de medidas, já que as propostas tramitam em regime de urgência. Em ano eleitoral, a lei determina que o Poder Executivo tem até o dia 4 de abril (na próxima segunda-feira) para deferir o reajuste salarial dos servidores. Esse prazo, de 180 dias antes das eleições, é definido pela legislação, que proíbe qualquer tipo de reajuste durante esse período.

O pacote de propostas foi lido e ficou disponível para consulta enquanto a sessão ordinária estava em andamento. Alguns deputados manifestaram insatisfação. Entre os parlamentares que foram à tribuna para reclamar do curto espaço de tempo para analisar as propostas, está o deputado Requião Filho.

O deputado soldado Fruet chamou de tratoraço o pacote encaminhado pelo Governo e explicou o motivo pelo qual pediu vista do projeto na Comissão de Segurança Pública.

O parlamentar disse que vai apresentar um novo substitutivo na reunião da Comissão de Segurança Pública que acontece na manhã desta terça-feira.

Já o líder do governo na Assembleia, deputado Hussein Brakri, disse que há anos não era feito esse reenquadramento.

O governador Ratinho Júnior disse que o projeto atende o que é possível sem comprometer as contas do Estado.

Entretanto, o líder da oposição na assembleia, deputado Arilson Chiorato, comentou que além da falta de tempo para discutir os projetos, deve existir equidade nos reajustes concedidos para os servidores públicos.

A CBN entrou em contato com a Adepol que realizou uma assembleia ontem à noite, para debater sobre o pacote de medidas do Governo, mas até o momento não retornou.