O Litoral do Paraná concentra um grupo de cientistas que tem realizado diversos estudos e descobertas sobre a fauna e os diversos ecossistemas da zona costeira brasileira.

Essas pesquisadoras da vida oceânica integram o Programa de Recuperação da Biodiversidade Marinha (Rebimar) que está ligado a várias instituições de ensino paranaenses, como a Universidade Federal do Paraná (UFPR), a Universidade Estadual do Paraná (Unespar) e o Instituto Federal do Paraná (IFPR), além da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Uma dessas cientistas, nascida e criada no Litoral do Paraná, é Marjorie Ramos. Graduada em Gestão Ambiental e mestre em Ciências Ambientais pela Universidade Federal do Paraná, Marjorie atua como técnica de educação ambiental e é considerada uma das principais lideranças nas ações que envolvem processo educativo dentro do Programa de Recuperação da Biodiversidade Marinha.

Filha de pescador artesanal, Marjorie Ramos contou que o interesse em trabalhar com conversação marinha surgiu ainda na infância.

A cientista atua com ações de divulgação e popularização da ciência, vinculadas ao Programa Laboratório Móvel de Educação Científica da UFPR Litoral (Labmóvel), desenvolve pesquisas nas áreas de divulgação científica, biodiversidade e conservação marinha, além de educação ambiental, especialmente desenvolvida com crianças.

Marjorie também participa ativamente das ações de limpeza de praias e da identificação de diversos tipos de animais e lixo presentes na água e na areia. A pesquisadora falou sobre o desafio de correr contra o tempo para diminuir o impacto ambiental e também as conquistas da profissão.

Outra cientista que se destaca dentro do Programa de Recuperação da Biodiversidade Marinha é a oceanógrafa Fernanda Possatto. Dedicada ao estudo sobre microplástico na zona costeira paranaense, na área conhecida como Complexo Estuarino de Paranaguá, Fernanda é mestre em Oceanografia pela Universidade Federal de Pernambuco e doutora em Sistemas Costeiros e Oceânicos pela Universidade Federal do Paraná. Também foi bolsista pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em uma universidade do Texas. A cientista atua como vice-coordenadora de um projeto em parceria com o Rebimar.

Moradora de Guaratuba, Fernanda Possatto explicou que o interesse pelos estudos marinhos surgiu pela proximidade com o mar.

Fernanda começou seus estudos com peixes, o que a levou ao aprofundamento nas pesquisas sobre microplástico.

A pesquisadora afirmou que os impactos do plástico e suas variadas formas ainda precisam de estudos mais aprofundados.

Fernanda Possatto também é professora do Instituto Federal do Paraná e uma incentivadora de estudantes do ensino médio na iniciação científica. A oceanógrafa explicou a importância das mulheres na Ciência.

Além das profissionais com vasta experiência, o Rebimar conta com o trabalho de jovens cientistas, que desenvolvem dissertações e teses de pós-graduação, além de estudantes em estágios oficiais firmados com algumas instituições de ensino.