A 32ª edição do Festival de Curitiba, finalizada neste domingo (7), teve um número recorde de espectadores: segundo a organização do evento, duzentas mil presenças entre espetáculos com bilheteria e gratuitos, oficinas, palestras e lançamentos de livros. E, pela primeira vez na história do Festival, que começou em 1992, foram esgotados ingressos em todas as apresentações da mostra principal, a Mostra Lúcia Camargo. “Estes números são sempre muito expressivos. Isso nos deixa sempre muito felizes e mostram que conseguimos atingir o que planejamos em termos de presença de público. Mas o que me deixa ainda mais feliz é a reação deste público de Curitiba, que me parece estar mudando”, afirmou a diretora Fabíula Passini, neste sábado (6), durante uma entrevista coletiva no Hotel Mabu.

Um dos pontos altos, segundo Fabíula, foi a participação de companhias da Argentina, da Bolívia, do Chile, do Peru e também o Eixo Amazônico, com espetáculos que trouxeram para Curitiba manifestações populares do Norte do país, como “Caprichoso e Garantido – O Duelo da Amazônia”, que entusiasmou o público em três sessões que colocaram no Viasoft Experience, no campus da Universidade Positivo, o ambiente da Festa de Parintins. “A gente sabia que receber eles ia ser importante para a gente, mas es eu fiquei muito feliz de ver como para eles foi muito importante estarem aqui”, disse Fabíula.

Também com ações de inclusão social, com obras que tiveram como atores pessoas com deficiência, o Festival de Curitiba gerou nesta edição mais de 2 mil empregos diretos. E a circulação dos participantes foi muito além dos espetáculos. Pelo segundo ano consecutivo, com apoio do Sebrae, houve a Rodada de Conexões, que promoveu 480 oportunidades de negócios para companhias de teatro, com expectativa de faturamento entre R$ 10 milhões e R$ 11 milhões. “Mais uma vez o Festival foi para todos: envolvemos a sociedade, entendemos o momento atual, trouxemos tendências, entramos no cotidiano e nas conversas da cidade”, completou Leandro Knopfholz, diretor e criador do Festival.