Há três anos licitada, a obra da Linha Verde de Curitiba parece estar longe de chegar ao fim. Nesta semana, a Prefeitura de Curitiba rescindiu o contrato com o consórcio responsável pelo Lote 4.1 da Linha Verde Norte, que compreende o trecho entre a Estação Solar e Estação Atuba.

O motivo, segundo a prefeitura, é o não cumprimento do contrato por parte do Consórcio Estação Solar, formado atualmente por duas empreiteiras, a Vale das Pedras e a Construtora Triunfo S/A, que está em recuperação judicial.

O trecho que faz parte do Lote 4.1 possui 2,84 quilômetros que deveriam ser concluídos no fim de 2020. A prefeitura já havia realizado o pagamento de quase R$15 milhões de reais para o consórcio, mas o saldo do contrato ainda beira os R$70 milhões.

Para o arquiteto e urbanista, professor do Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Carlos Hardt, a demora para a conclusão da obra traz prejuízos para a mobilidade urbana da cidade.

Segundo a prefeitura, uma nova licitação deve ser a forma mais rápida de concluir o trecho, mas o processo pode adiar ainda mais a entrega das obras, conforme explica Carlos Hardt.

Um estudo será realizado para prestação de contas dos valores remanescentes da obra junto à Caixa Econômica Federal, agente repassador dos recursos do Orçamento Geral da União do PAC Mobilidade. Até agora, apenas cerca de 20% das estruturas foram finalizadas.