O cenário econômico e fiscal do Paraná nos próximos meses pode se tornar desafiador. É o que afirma o secretário de estado da Fazenda, Renê Garcia Junior, em menção a tramitação na Câmara Federal do projeto de lei que reduz a alíquota do ICMS de combustíveis, transportes, energia e telecomunicações para alíquota modal estadual. O secretário esteve na Assembleia Legislativa do Paraná nesta segunda-feira (30) para uma prestação de contas.

Garcia Junior explicou que, apesar do Paraná estar com uma situação financeira positiva, com a aprovação do projeto no Congresso, o impacto sobre as receitas paranaenses deve chegar em R$ 6,3 bilhões ao ano. Uma redução de 17,4% na arrecadação de ICMS do Paraná prevista na Lei Orçamentária Anual 2022 (LOA).

 

O secretário sugeriu que os deputados paranaenses mantenham diálogo com os representantes do estado no Congresso. Aposta ainda na interferência da Justiça para reverter o processo.

 

O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Ademar Traiano, se diz temeroso com o futuro.

 

Ainda sobre as contas do estado, de acordo com os dados apresentados pelo secretário, a receita corrente foi de R$ 19,9 bilhões de janeiro a abril de 2022, contra R$ 15,8 bilhões no mesmo período de 2021. A apresentação também mostrou um aumento na receita nominal de 26%.

As despesas correntes nos primeiros quatro meses deste ano chegaram a R$ 15 bilhões. No mesmo período de 2021 o valor foi de R$ 13,1 bilhões. O aumento nominal foi de 15% com um aumento real de 2%. Os gastos com pessoal e encargos sociais somaram R$ 9,3 bilhões, valores maiores em relação ao mesmo período do ano passado, que foi de R$ 8,771.